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RUÍDO
Paulinho volta ao disco depois de quatro anos
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
O novo Paulinho da Viola
está em finalização, após
quatro anos de afastamento do
artista do disco. Será a trilha sonora de "Paulinho da Viola
- Meu Tempo É Hoje", que sai
no fim do ano pela independente Biscoito Fino, consolidando
sua saída da BMG.
Segundo a Biscoito Fino, em
80% dos casos serão aproveitadas as próprias gravações inseridas no documentário de Izabel
Jaguaribe. Paulinho deve regravar em estúdio dois ou três de
seus clássicos em voz e violão.
Também se reuniu com o grupo
Nó em Pingo d'Água para refazer "Um Sarau para Raphael".
Marisa Monte autorizou a inclusão dos dois duetos que fez
com Paulinho, de "Carinhoso"
(de Pixinguinha) e "Dança da
Solidão". Há encontros musicais com Zeca Pagodinho, Marina Lima, Amélia Rabello, Velha
Guarda da Portela e outros.
A edição de "Meu Tempo É
Hoje" adia, mais uma vez, a intenção do músico de gravar um
disco só com músicas de outros
autores. "Eu vou gravar. Um dia
eu vou gravar", afirma ele. Avisa, no entanto, que tem composto sambas inéditos.
O NÃO-LANÇAMENTO
A figura híbrida de Silvio
César costuma ser associada
à bossa nova devido a composições como "Pra Você",
gravada pela MPB num espectro que vai de Elizeth
Cardoso a Roberto Carlos.
Mas ele era ligado ao núcleo
do balanço da bossa, de nomes como Ed Lincoln e Orlandivo. Na Odeon do início
dos anos 70, ele esteve ao lado de Doris Monteiro na invenção de algo que poderia
se chamar samba-bossa-rock, que cravejou pedrinhas preciosas como "Beco
sem Saída", "O Machão",
"Menina, Você Tem Muito
que Aprender" e "O Herói",
que frequentam até hoje os
salões do samba-rock. As
três estavam no "Silvio César" de 1971, que está fora do
catálogo da EMI.
RAPS & REPS
O ministro Gilberto Gil
lançou a idéia na abertura do
"Agosto Negro", mas já havia
gente colocando em prática. O
Museu da Pessoa promove na
próxima quinta-feira, no Sesc
Vila Mariana, o "Encontro de
Rappers e Repentistas", que
incluirá um duelo de rimas
improvisadas entre os
repentistas nordestinos
Sebastião Marinho e
Andorinha e o grupo paulista
de hip hop Z'África Brasil.
TINHORÃO EM DEBATE
José Ramos Tinhorão, o mais
controverso crítico musical
dos anos 60, vai à berlinda mais
uma vez. Ele, que foi o
principal opositor histórico da
bossa nova, por julgá-la
americanizada, será
entrevistado na próxima
quarta-feira pelo músico
Edson Natale dentro do ciclo
"Jogo de Idéias", no Itaú
Cultural (0/xx/11/3268-1776),
às 19h30, com entrada franca.
MEIO PREÇO
A Sony desova nova série de
CDs "Best Price",
recomendando às lojas que
vendam cada título a R$ 15, em
média. Entre eles estão toda a
discografia de Djavan na
gravadora, "Roberto Carlos
em Ritmo de Aventura" e CDs
recentes de Skank, Jota Quest,
Planet Hemp, Cidade Negra e
Adriana Calcanhotto. Há
quatro títulos inéditos em CD:
"Negra Elza - Elza Negra" (80),
de Elza Soares, "Cynara e
Cybele" (68), de duas das
meninas do Quarteto em Cy,
"Claudio Zoli" (86) e "Pelo Sim
pelo Não" (85), de Claudio
Nucci e Zé Renato.
psanches@folhasp.com.br
DONATO MODERNO
Depois de reeditar os
raríssimos "The Music of Mr.
Jobim" (66), de Sylvia Telles, e
"A Bossa Negra" (61), de Elza
Soares, a Dubas volta à carga. É
vez do essencial "A Bossa
Muito Moderna de João
Donato e Seu Trio" (63).
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