São Paulo, segunda-feira, 08 de agosto de 2005

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MÚSICA

Reportagem sobre hip hop soa a reprise

DA REPORTAGEM LOCAL

Tem clima de reprise o programa "A Periferia Segundo o Hip Hop", que a rede SescSenac exibe nesta semana, em vários horários. Além de trazer um histórico da cultura hip hop em São Paulo, a reportagem procura traçar um panorama de alguns dos bairros mais distantes da periferia da cidade pelas lentes desse movimento de rua.
A cultura dos rappers, no caso, aparece como um antídoto à violência em certas regiões da capital, como na Cidade Tiradentes, onde as reuniões entre rappers, b-boys (dançarinos de break), DJs, grafiteiros e simpatizantes levaram à criação da ONG Aliança Negra, que administra programas sociais, como aulas de alfabetização para adultos.
Ou ainda como o rap pode servir à recuperação e à inclusão social de ex-presidiários, como mostram as entrevistas feitas com integrantes do grupo Detentos do Rap, no Carandiru.
Ainda que o enfoque seja interessante, são reportagens como esta, do Carandiru, que lembram que o programa poderia ter sido "esquentado" antes de ser exibido, afinal, lá se vão quatro anos desde que o presídio foi implodido e o espectador fica sem saber se o grupo ainda existe ou não.
Em "A Periferia Segundo o Hip Hop", Thaíde ainda era parceiro de DJ Hum, lembrando quão boa e entrosada era a dupla, que terminou há uns dois anos.
Mas isso não tira a graça do programa, que tem bons momentos quando envereda pelas quebradas do Capão Redondo para acompanhar as gravações em uma rádio comunitária ou quando mostra um dia de atividades na Casa do Hip Hop de Diadema, onde aparecem figurões como o dançarino Nelson Triunfo.
O belo serviço de reportagem de "A Periferia Segundo o Hip Hop" confere aquela sensação de estar assistindo a um bom "Vale a Pena Ver de Novo".
(ADRIANA FERREIRA)


A Periferia Segundo o Hip Hop
Quando: hoje, às 21h, na Rede SescSenac (reapresentação amanhã, às 7h, qua., às 10h, qui., às 13h, e sex., às 2h)


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