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MÚSICA
Reportagem sobre hip hop soa a reprise
DA REPORTAGEM LOCAL
Tem clima de reprise o programa "A Periferia Segundo o Hip
Hop", que a rede SescSenac exibe
nesta semana, em vários horários.
Além de trazer um histórico da
cultura hip hop em São Paulo, a
reportagem procura traçar um
panorama de alguns dos bairros
mais distantes da periferia da cidade pelas lentes desse movimento de rua.
A cultura dos rappers, no caso,
aparece como um antídoto à violência em certas regiões da capital,
como na Cidade Tiradentes, onde
as reuniões entre rappers, b-boys
(dançarinos de break), DJs, grafiteiros e simpatizantes levaram à
criação da ONG Aliança Negra,
que administra programas sociais, como aulas de alfabetização
para adultos.
Ou ainda como o rap pode servir à recuperação e à inclusão social de ex-presidiários, como
mostram as entrevistas feitas com
integrantes do grupo Detentos do
Rap, no Carandiru.
Ainda que o enfoque seja interessante, são reportagens como
esta, do Carandiru, que lembram
que o programa poderia ter sido
"esquentado" antes de ser exibido, afinal, lá se vão quatro anos
desde que o presídio foi implodido e o espectador fica sem saber se
o grupo ainda existe ou não.
Em "A Periferia Segundo o Hip
Hop", Thaíde ainda era parceiro
de DJ Hum, lembrando quão boa
e entrosada era a dupla, que terminou há uns dois anos.
Mas isso não tira a graça do programa, que tem bons momentos
quando envereda pelas quebradas do Capão Redondo para
acompanhar as gravações em
uma rádio comunitária ou quando mostra um dia de atividades
na Casa do Hip Hop de Diadema,
onde aparecem figurões como o
dançarino Nelson Triunfo.
O belo serviço de reportagem de
"A Periferia Segundo o Hip Hop"
confere aquela sensação de estar
assistindo a um bom "Vale a Pena
Ver de Novo".
(ADRIANA FERREIRA)
A Periferia Segundo o Hip Hop
Quando: hoje, às 21h, na Rede SescSenac (reapresentação amanhã, às
7h, qua., às 10h, qui., às 13h, e sex., às 2h)
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