São Paulo, quinta-feira, 08 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Rabino e físico discutem o poder do acaso hoje na Bienal do Livro

Nilton Bonder e Leonard Mlodinow debatem sobre aleatoriedade

ROBERTO KAZ

DE SÃO PAULO

No livro "O Segredo Judaico de Resolução de Problemas" (Rocco), Nilton Bonder conta a história de um rabino da Polônia que, pouco antes da Segunda Guerra Mundial, ordenou aos seguidores que abandonassem suas casas, rumando para outras cidades.
Baseou-se em nada além da intuição. "Depois da guerra, viu-se que todas as vilas em volta haviam sido dizimadas pelos nazistas. Devido à fuga, só aquele povoado sobrevivera", contou Bonder, por telefone.
A história serve, segundo ele, para ilustrar o poder do aleatório em nossas vidas -tema a ser discutido hoje, às 20h, na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro.
A mesa "A Necessidade do Acaso" contará com a presença de Bonder e do físico americano Leonard Mlodinow, autor de "O Andar do Bêbado" (Jorge Zahar).
O encontro será mediado pelo jornalista da revista "Piauí" Bernardo Esteves, especializado em ciências.
Com 21 livros publicados, dentre os quais "A Alma Imoral", que acabou transposto para o teatro, Bonder está, para o judaísmo, como o padre Marcelo Rossi para o mundo cristão. Aos 53, é o rabino mais popular do país.
Ele diz que, tanto na ciência quanto na religião, há uma dimensão que o mundo cartesiano não tem capacidade para explicar.
"O que a ciência chama de acaso nós, no judaísmo, denominamos oculto."
Completa: "Equacionar os problemas dentro do que se consegue compreender não é suficiente. Eles têm que ser resolvidos através do oculto também, da intuição, daquilo que não tem simetria".


Texto Anterior: Coleção Folha traz grandes nomes da arquitetura
Próximo Texto: Nelson Freire e Osesp resgatam ternura de obra de Schumann
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.