São Paulo, sábado, 08 de outubro de 2011

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CRÍTICA

'Asas do Desejo' é o último memorável de Wim Wenders

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Como os anjos têm asas, podem ver tudo de cima. São assim os de "Asas do Desejo" (Futura, 1h30; classificação não informada): eles pairam sobre Berlim, observam a cidade e seus habitantes, pairam sobre a divisão em zonas (como se já adivinhassem a unificação, que viria dois anos após o filme, em 1989).
Só não podem entrar em contato com os humanos. Um problema que se tornará especialmente delicado quando um deles (Bruno Ganz) se apaixona por uma (Solveig Dommartin).
Quem o ajudará a sair dessa situação sem saída é o ex-anjo e ator Peter Falk (1927-2011; porque atores podem ser tudo, talvez?).
Em seu retorno dos Estados Unidos, Wim Wenders recorreu ao veterano fotógrafo Henri Alekan (1909-2001), o mestre de "A Bela e a Fera" (de Jean Cocteau), que conhecia bem a atmosfera dos contos de fada.
Foi um encontro feliz: Wenders fez ali o seu último filme realmente memorável (até hoje, claro).



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