São Paulo, quinta-feira, 08 de novembro de 2007

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Dance-rock une Rapture e Datarock

As duas bandas, de gerações distintas, usam suas guitarras para compor músicas que têm apelo nas pistas de dança

Os dois grupos estão escalados para o festival Planeta Terra, que acontece em SP neste sábado e traz ainda Lily Allen, Devo e outros

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Um surgiu há seis anos como um dos principais responsáveis pelo disco-punk. O outro apareceu há pouco como um dos principais responsáveis pela new rave. Dois termos distintos que, basicamente, buscam o mesmo objetivo: fazer dançar por meio do rock e do pop. E ambas se apresentam em São Paulo nesta semana.
Rapture (a do disco-punk) e Datarock (new rave) estão entre as atrações do festival Planeta Terra, que acontece neste sábado, a partir das 17h30, na chamada Villa dos Galpões. No local, serão montados três palcos, em que tocarão também Lily Allen, Devo, Kasabian, Cansei de Ser Sexy, o produtor francês de electro Vitalic, entre outros.
Com o hit "House of Jealous Lovers" (que ganhou inúmeros remixes), o Rapture esteve onipresente nas pistas de clubes do mundo todo em 2002. A música puxou o disco "Echoes" (2003), que trazia ainda outras faixas dançantes como "Olio", "Sister Saviour" e "I Need Your Love". Naquele ano, tocaram no Tim Festival, no Rio.
A volta ao Brasil traz a banda com o segundo álbum, "Pieces of the People We Love" (2006). Disco com ainda mais elementos eletrônicos, que foi produzido por gente como Danger Mouse (Gorillaz; Gnarls Barkley) e o inglês Ewan Pearson.
Mas o que é o Rapture? Uma banda de rock and roll ou uma banda de dance music?
"A dance music tem um papel central no que fazemos, muito mais do que para outras bandas", conta à Folha o vocalista Luke Jenner. "Nos shows, queremos que as pessoas dancem. Se não dançarem, é porque o show não foi bom. Nesse sentido, somos uma banda dance. Mas adoro Van Halen, Led Zeppelin, e não sei se você as considera bandas dançantes. Para mim, tem mais a ver com fazer as pessoas se mexerem."
Nos shows do Rapture, o baixo aparece ainda mais grooveado, a percussão é mais incisiva e a guitarra chega ainda mais gritada. O formato ganhou o nome disco-punk.
"Vejo isso como uma evolução da dance music, que estava muito chata. Precisava de algo novo, e esse algo foram bandas tocando ao vivo. Conheço gente da dance music que está entediada de fazer música com laptop. Quando James Brown começou, aquilo era dance music, e era feito com uma banda ao vivo. Depois vieram a disco music, acid house...Estamos voltando a tempos antigos."
Tempos antigos são revisitados também pelo Datarock. Aqui, é o pop e o rock do final dos 80/início dos anos 90 (New Order; Happy Mondays).
O Datarock é uma dupla (Fredrik Saroea e Ketil Mosnes) norueguesa que, ao vivo, ganha a adição de outros músicos. No Brasil, a banda terá ao todo quatro pessoas no palco.
A dupla ficou conhecida há dois anos com o electro-pop "Computer Camp Love". E eles têm "Fa-Fa-Fa", que esteve em comerciais de televisão e os fez serem colocados junto com Klaxons no guarda-chuva new rave. "Quando o termo foi criado, já tínhamos feito mais de 2.000 shows", diz Saroea. "Mas é legal, porque deu notoriedade a bandas do mundo todo."


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