Com filmes inéditos como o australiano "Bra Boys", exposições e shows internacionais, mostra começa na Oca e passa por Rio e Florianópolis

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL

Visto por muitos como coisa de desocupados e alienados -pelo menos antes de se tornar um esporte multimilionário-, o surfe sempre esteve ligado a uma vasta produção cultural, do que dá prova o quarto Festival Alma Surf, que acontece hoje e amanhã, na Oca, em São Paulo, e depois segue para Rio de Janeiro e Florianópolis.
O festival, o mais abrangente do país sobre a cultura surfe, tem exposição de pranchas, quadros e fotos, shows internacionais e exibição de filmes ligados ao esporte.
A parte de fotografias e artes plásticas tem 170 peças de 30 artistas nacionais (como Claudia Simões e Marcio David) e internacionais (Stuart Gibson e David Pu'u), todas centradas, obviamente, nas ondas e nos surfistas.
Os shows ficam por conta de quatro artistas internacionais bem conhecidos do público brasileiro, como o californiano Donavon Frankenreiter, que esteve por aqui no começo deste ano, abrindo para Ben Harper. Ele faz um set acústico, acompanhado de Matt Grundy.
Quem também volta ao país é a ALO (Animal Liberation Orchestra), banda do astro-mor do surf, Jack Johnson (que é amigo de Frankenreiter).
O dia mais interessante musicalmente é hoje, quando o palco é ocupado pelo jovem californiano Matt Costa -que tem raízes portuguesas e vai além do estilo acústico genérico da surf music-, e pelo inédito G. Love.

Cinema
O Alma Surf também exibe oito filmes em seus dois dias -entre médias e longas-, com destaque para a estréia mundial de "Trilogy", de Taylor Steele, e para o documentário australiano "Bra Boys".
O diretor Steele e o astro australiano Taj Burrow, um dos surfistas retratados em "Trilogy", estarão no país para participar do lançamento. A programação completa do festival, incluindo pontos-de-venda, pode ser encontrada em www.mostradosurf.com.br.