São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Banda carioca Tono canta sem medo do pop

Quinteto do filho de Gilberto Gil lança segundo álbum entre a festa e a melancolia

JULIANA VAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Eles quiseram começar no apogeu, com um disco modesto, independente ("Tono Auge", de 2009).
Mas agora a banda carioca Tono está em outra. "Eu acho que tô no mundo. Agora tô no mundo", conta, entre outros trocadilhos, o baterista, vocalista e principal compositor do grupo, Rafael Rocha.
O segundo disco, apenas "Tono", sai agora na internet e chega às lojas em seguida, no formato físico. O show de lançamento é sexta, no teatro Rival, no Rio, que vem sendo palco para uma nova geração de artistas cariocas.
O quinteto -que se completa com os vocais de Ana Cláudia Lomelino e do guitarrista Bem Gil (filho de Gilberto), além do baixista Bruno di Lullo e, soprando a flauta, Leandro Floresta- deve vir a São Paulo depois.
Na gravação do álbum, eles se cercaram de convidados conhecidos que ajudaram a construir uma sonoridade que alterna momentos solares e ares de fim de festa. Primeiro, há o dedo de Adriana Calcanhotto em uma canção em inglês.
Rocha, o baterista-cantor que também acompanha a cantora gaúcha, chamou-a para uma participação singela, longe dos vocais, comandando uma cuíca cheia de efeitos. "Não é porque ela é uma grande artista que a gente vai enaltecer isso", diz ele, sem falsa modéstia.
Já o produtor Kassin, conta, apareceu de repente, quando trombou com a banda no estúdio, e, animado, acabou participando de "Me Sara", a candidata a hit que tem versos em japonês. Domenico Lancellotti ronda boa parte do disco e é coautor da doce "Da Terra pro Sol", uma canção de amor que não tem medo de ser pop.
O álbum termina com as guitarras pesadas de "Nega Música", versão-tributo dos cariocas ao paulista Itamar Assumpção. E onde entra a marca do sobrenome Gil?
"Ele [Gilberto] participa com as portas que abriu na música brasileira e no movimento da Tropicália", conta Rocha. "Ele não se mete muito. Ele ouve os discos, de vez em quando vai aos shows, dá uns toques, mas não interfere muito. Ele tem um respeito grande de deixar a galera dar os primeiros passos e fazer sozinho, não fica em cima."

TONO

ARTISTA Tono
LANÇAMENTO Oi Música
QUANTO R$ 7,99


Texto Anterior: Show: Sesc Pinheiros homenageia Inezita Barroso e a viola
Próximo Texto: Marcelo Coelho: Uma noite de verão
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.