São Paulo, sábado, 09 de janeiro de 2010

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TELEVISÃO

Crítica


Phoenix faz atuação correta de Johnny Cash

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A quem não sabe, Joaquin Phoenix pirou. Após seu melhor trabalho no cinema, como o homem dividido entre família e liberdade no primoroso "Amantes" (talvez o melhor filme lançado em 2009 nos cinemas brasileiros), ele se decidiu por largar a vida de ator e se dedicar à música.
Em síntese, com barba e cabelos enormes, ele virou um rapper. Suas performances selvagens, em transe etílico, podem ser vistas no YouTube. No mesmo site, há também uma entrevista a David Letterman na qual não esboça um único sorriso. Daí, constata-se: o homem está em outras.
Mas reconsideremos: tomar uma postura inusitada, fora dos trilhos, faz de alguém um louco? O que ele é agora parece mais genial e mais coerente com seu papel de artista no mundo do que seu trabalho no caretíssimo "Johnny & June" (TC Light, 23h40, 12 anos), pelo qual foi indicado ao Oscar de melhor ator. Ele está muito bem na pele do cantor Johnny Cash, mas é uma típica atuação "correta".
De loucura, ainda, o dia conta com o interessante "Redentor" (Canal Brasil, 18h10, 12 anos). É uma fábula irônica sobre a corrupção no Brasil, e o diretor, Cláudio Torres, em seu longa de estreia, mistura a comédia maluca ao sobrenatural, levando a história para um terreno bastante alienígena à mais "realista" tradição cinematográfica nacional.


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