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TELEVISÃO
Crítica
Phoenix faz atuação correta de Johnny Cash
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A quem não sabe, Joaquin
Phoenix pirou. Após seu melhor trabalho no cinema, como
o homem dividido entre família
e liberdade no primoroso
"Amantes" (talvez o melhor filme lançado em 2009 nos cinemas brasileiros), ele se decidiu
por largar a vida de ator e se dedicar à música.
Em síntese, com barba e cabelos enormes, ele virou um
rapper. Suas performances selvagens, em transe etílico, podem ser vistas no YouTube. No
mesmo site, há também uma
entrevista a David Letterman
na qual não esboça um único
sorriso. Daí, constata-se: o homem está em outras.
Mas reconsideremos: tomar
uma postura inusitada, fora dos
trilhos, faz de alguém um louco? O que ele é agora parece
mais genial e mais coerente
com seu papel de artista no
mundo do que seu trabalho no
caretíssimo "Johnny & June"
(TC Light, 23h40, 12 anos), pelo qual foi indicado ao Oscar de
melhor ator. Ele está muito
bem na pele do cantor Johnny
Cash, mas é uma típica atuação
"correta".
De loucura, ainda, o dia conta com o interessante "Redentor" (Canal Brasil, 18h10, 12
anos). É uma fábula irônica sobre a corrupção no Brasil, e o
diretor, Cláudio Torres, em seu
longa de estreia, mistura a comédia maluca ao sobrenatural,
levando a história para um terreno bastante alienígena à mais
"realista" tradição cinematográfica nacional.
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