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TELEVISÃO
Crítica
Filmes enfocam relações sinuosas
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O amor nasce primeiro como
ódio, como oposição, como resistência mútua.
Essa constatação foi tão difundida pela comédia sofisticada dos anos 1930/40 que hoje
nenhum homem se sente confortável quando percebe que
antipatiza com uma mulher (e
vice-versa): logo vê nela, talvez,
a futura mãe de seus filhos.
Não era assim quando o jornalista esportivo Spencer
Tracy, em "A Mulher do Dia"
(TCM, 22h; 12 anos), hostilizava sua colega Katharine Hepburn. Há algo mais: Tracy era o
típico plebeu, enquanto Hepburn era uma aristocrata.
No caso do filme, tinham
opiniões políticas diferentes
também. Sabemos como isso
acaba. E sabemos da longa relação amorosa aonde levou essa
parceria.
Mais sinuosas, bem mais, são
as tramas de amor envolvendo
o jardineiro Rock Hudson, a
viúva Jane Wyman e seus filhos, em "Tudo o que o Céu
Permite" (TC Cult, 20h15; livre). Obra-prima.
Ou, para quem gosta, há
"Violência Gratuita" (Max
Prime, 20h; 16 anos), de Michael Haneke.
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