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NY e Londres vivem febre de transposições
DA REPORTAGEM LOCAL
A adaptação de filmes para
o teatro é uma prática recorrente (e bastante lucrativa)
na Broadway e no West End
londrino. Na hora de transpor roteiros para a cena, os
produtores costumam preferir o gênero musical.
Em Nova York, estão
atualmente em cartaz versões de "Billy Elliot", "O Rei
Leão" e "Mary Poppins". Os
três aparecem no ranking
das dez peças de maior arrecadação no circuito comercial da cidade, na semana encerrada em 31/1.
A quarta colocada da lista
da Broadway League (organização que congrega produtores, donos e gerentes teatrais), "A Little Night Music", tem DNA cinematográfico indireto: a inspiração de
Stephen Sondheim para o
musical de 73 foi o filme
"Sorrisos de uma Noite de
Amor", de Bergman.
Em Londres, o cardápio
teatral importado da tela
grande inclui "Legalmente
Loira", "Mudança de Hábito", "Priscilla - A Rainha do
Deserto" e "Dirty Dancing".
O crítico-chefe de teatro
do "The New York Times",
Ben Brantley, diz que "os
produtores estão buscando
qualquer fórmula que garanta o sucesso financeiro, porque montar uma peça na
Broadway é uma empreitada
arriscada -hoje mais do que
nunca". Por fórmula, entenda-se "algo que venha com
uma marca reconhecida, por
exemplo uma estrela de cinema, uma trilha sonora popular (como "Mamma Mia!",
criado a partir das canções
do Abba) ou um filme".
Na Broadway, a onda de
adaptações bem-sucedidas
foi inaugurada por "A Bela e a
Fera", em 94. Antes, lembra
Brantley, houve tentativas
frustradas, como "Gigi" (73)
e "Agora Seremos Felizes"
(89): "Para funcionar, um espetáculo baseado num filme
não pode emular o que foi
feito na tela, mas repensar a
história em termos teatrais".
É o que tentarão "A Família Adams" e "Homem-Aranha", os próximos da fila.
(LN)
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