|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Filme espanhol mais caro da história, "Alatriste" supera público de Almodóvar
DO ENVIADO A MIAMI
Quando "Alatriste" estreou
na Espanha em 1º de setembro
de 2006, o premiê José Luis
Rodríguez Zapatero foi à sessão
de gala em Madri. Se soa estranho que o chefe de governo tenha comparecido à première, o
tema e os números envolvendo
"Alatriste" explicam o interesse que a obra despertou no país.
Produção mais cara da história do cinema espanhol, estimada em 22 milhões, "Alatriste", o filme, tem como ponto de partida a coleção de aventuras de um mercenário, ambientada no auge do império
espanhol no século 17.
Criada em 1996 pelo escritor
e ex-correspondente de guerra
Arturo Pérez-Reverte, a série já
está em seu sexto livro na Espanha. No total, a coleção vendeu mais de 4 milhões de
exemplares no país e teve volumes traduzidos para cerca de
30 idiomas -o primeiro livro,
"O Capitão Alatriste", saiu no
Brasil pela Cia. das Letras.
O filme levou mais de 3 milhões de espanhóis aos cinemas
e foi o maior sucesso local de
público e renda em 2006, à
frente de "Volver", de Almodóvar. Deve estrear no Brasil em
11/5. Para Ariadna Gil, que faz
uma famosa atriz e amante do
rei Felipe 4º, a obra atraiu os
espanhóis também pelo interesse histórico: "É muito difícil
fazer esse tipo de filme na Espanha. Uma produção grandiosa, com estrutura de épico. Recuperamos uma parte da história, numa época em que a Espanha tinha riqueza e poder".
Com duas horas e 27 minutos, "Alatriste" mistura histórias dos cinco primeiros livros,
o que em alguns momentos
torna a narrativa confusa e
abrupta. As cenas de combate
são longas e, por vezes, enfadonhas. A favor do filme, a direção de arte cuidadosa e uma fotografia que de fato recria o
ambiente das telas de Velázquez.
(LC)
Texto Anterior: Ator é fanático pelo futebol argentino Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice
|