São Paulo, sexta-feira, 09 de março de 2007

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Filme espanhol mais caro da história, "Alatriste" supera público de Almodóvar

DO ENVIADO A MIAMI

Quando "Alatriste" estreou na Espanha em 1º de setembro de 2006, o premiê José Luis Rodríguez Zapatero foi à sessão de gala em Madri. Se soa estranho que o chefe de governo tenha comparecido à première, o tema e os números envolvendo "Alatriste" explicam o interesse que a obra despertou no país.
Produção mais cara da história do cinema espanhol, estimada em 22 milhões, "Alatriste", o filme, tem como ponto de partida a coleção de aventuras de um mercenário, ambientada no auge do império espanhol no século 17.
Criada em 1996 pelo escritor e ex-correspondente de guerra Arturo Pérez-Reverte, a série já está em seu sexto livro na Espanha. No total, a coleção vendeu mais de 4 milhões de exemplares no país e teve volumes traduzidos para cerca de 30 idiomas -o primeiro livro, "O Capitão Alatriste", saiu no Brasil pela Cia. das Letras.
O filme levou mais de 3 milhões de espanhóis aos cinemas e foi o maior sucesso local de público e renda em 2006, à frente de "Volver", de Almodóvar. Deve estrear no Brasil em 11/5. Para Ariadna Gil, que faz uma famosa atriz e amante do rei Felipe 4º, a obra atraiu os espanhóis também pelo interesse histórico: "É muito difícil fazer esse tipo de filme na Espanha. Uma produção grandiosa, com estrutura de épico. Recuperamos uma parte da história, numa época em que a Espanha tinha riqueza e poder".
Com duas horas e 27 minutos, "Alatriste" mistura histórias dos cinco primeiros livros, o que em alguns momentos torna a narrativa confusa e abrupta. As cenas de combate são longas e, por vezes, enfadonhas. A favor do filme, a direção de arte cuidadosa e uma fotografia que de fato recria o ambiente das telas de Velázquez. (LC)


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