São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2008

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Crítica

"A Firma" reflete sobre capitalismo neoliberal

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"A Firma" (FX, 13h) relata a aventura de um jovem e talentoso advogado que recebe proposta de trabalho de um poderoso escritório e a aceita, naturalmente, apenas para descobrir mais tarde que caiu numa terrível armadilha.
O que leva o jovem, Tom Cruise, a cair numa esparrela como essa? Este filme de 1993 talvez seja o melhor de Sydney Pollack em muitos anos, embora não seja uma obra-prima. É, no entanto, extremamente instrutivo sobre certos tipos de comportamento característicos do estágio neoliberal do capitalismo.
Existe ali não apenas a justificável ambição de um jovem e promissor advogado. Existe, sobretudo, a necessidade de, em pouco tempo, destacar-se, sair da vala comum, fazer fortuna. E seu oposto: a maneira como, estando cego a tudo o mais, ele se torna manipulável pela firma pouco escrupulosa. O filme seria mais útil em programas de treinamento do que, digamos, "Tropa de Elite" -ao menos serviria de alerta ao funcionário.


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