São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011

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CRÍTICA AÇÃO

Herzog voltou a filmar nos EUA para libertar-se de si mesmo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Wim Wenders quebrou a cara desde que ingressou em território americano: com a honrosa exceção de "Paris, Texas", seu cinema nunca mais teve a mesma vibração e encanto.
Já com Werner Herzog as coisas se passaram bem ao contrário. É como se Herzog estivesse esgotado de seu romantismo, de suas florestas, de seus heróis insanos.
Seu retorno à América foi como que uma espécie de libertação de si mesmo, de um autorismo que há muito havia se tornado mais tique do que expressão pessoal.
Em "Vício Frenético" (TC Premium, 22h, 18 anos) ele enfrenta, para começar, um argumento já filmado por Abel Ferrara: a história do policial cuja integridade se esboroa por conta do vício das drogas e, em menor escala, do jogo.
Werner Herzog filma a ação numa Nova Orleans pós-Katrina: destruída, ainda mais estranha, sinistra. Em suma, bem a seu gosto, mas de outro jeito.


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