São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011

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"O País do Carnaval" registra formação do escritor

DO RIO

"O País do Carnaval" teve tiragem inicial de 2.000 cópias, metade das quais comprada por Jorge Amado, então estudante de direito, para distribuir aos amigos.
A obra é um retrato de época, que mostra o Brasil pós-Revolução de 1930 e a decepção da juventude com os rumos da nação. Para o crítico José Castello, autor do posfácio da nova edição, esse desencanto com o país iria aparecer nos romances seguintes em forma de engajamento político.
"É um romance de formação, ainda sob influência dos debates europeus", diz.
A nova edição traz fotos antigas de Jorge Amado, capas anteriores do livro, incluindo a que foi feita nos anos 1970, com ilustração de Di Cavalcanti, e uma carta do editor Augusto Frederico Schmidt, que chancelou sua entrada no mundo literário.
Na carta, Schmidt diz que leu apressadamente o romance, admite que tem graves defeitos, mas o define como um forte retrato da mocidade de então. Para o crítico Eduardo de Assis Duarte, embora os personagens não convençam do ponto de vista da construção dramática, o livro tem méritos. "É pretensioso e revela o talento e a coragem de um menino de 18 anos em colocar o dedo no nariz dos adultos", diz.

O PAÍS DO CARNAVAL

AUTOR Jorge Amado
EDITORA Companhia das Letras
QUANTO R$ 40 (168 págs.)


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