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Rapture, a sua nova banda predileta
LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Tim Festival já tem uma
"grande" atração internacional assegurada para o evento
deste ano. A banda americana
Rapture, famosa no underground
e nas pistas, mas ainda sem seu
primeiro disco lançado, confirma
que vem mesmo ao megafestival
que substituirá o Free Jazz em outubro (mas neste ano só acontecerá no Rio), conforme esta coluna
havia ventilado textos atrás.
Difícil de prender em rótulo,
grosso modo dá para apontar o
Rapture como um dos mais festejados nomes da onda punk-funk
da gulosa cena nova-iorquina (a banda, na verdade, veio de San Francisco).
A fama do Rapture, além de shows bombásticos pelos melhores clubes do mundo (de festinhas no Brooklyn até apresentação na
badalada noite Trash, em Londres), vem da música quebra-assoalho "House of Jealous Lovers", hino obrigatório em qualquer pista decente desde o meio de 2002.
O Rapture é banda que conta com excelente reputação dentro
das mais variadas tendências, do
rock à música eletrônica. Já apareceu até em trilha de filme de
Hollywood (o delicioso "Rules of
Attraction", que insistem em não
lançar por aqui).
Rapture é rock. Outro dia este
colunista tocou "House of Jealous
Lovers" em uma pista de SP e vieram perguntar: "Legal isso. É o
novo White Stripes?".
Rapture é eletrônico. No último
Skol Beats, a famosa canção da
banda foi tocada em roupagem
diferente por duas grandes atrações do festival: nos sets do DJ
americano Green Velvet e no da
dupla escocesa Slam.
Semana passada, (novamente)
este colunista atuou de DJ no Club
Fuzz, em SP, enquanto o delicioso
Stereo Total se preparava para fazer valioso pocket show na casa.
No set de uma hora, foram tocadas duas músicas do Rapture em
momentos diferentes. Uma foi a
ultracitada "Jealous Lovers", perto de um bloco de rock. Outra foi
"I Need Your Love", que vai estar
no CD de estréia do grupo.
As duas canções foram, na noite, as campeãs da pergunta: "O
que é isso que você tocou?".
O Rapture é da gravadora nova-iorquina DFA. E a coisa é assim,
para resumir:
1) A DFA é a representação atual
da inglesa Creation ou da americana Sub Pop do começo dos 90.
2) O Rapture é o Primal Scream
+ Happy Mondays destes tempos
no estilo, emanando a sonoridade
do pós-punk inglês.
A banda era uma dupla quando
chegou da Califórnia. Agora é um
quarteto, com um sujeito tipo o
Bez dos Happy Mondays, cuja
função no grupo é dançar efusivamente enquanto os outros tocam.
Embora o cantor e guitarrista
Luke Jenner é o cara a ficar de
olho, a banda é uma espécie de
anti-White Stripes, no sentido de
que no Rapture o baixo é (quase)
o instrumento mais importante.
O grupo acabou de fazer uma
turnê pelo Reino Unido. Segundo
Luke Jenner, os melhores momentos da tour aconteceram em
Londres, quando um homem de
uns 45 anos fez "stagedive" (se
lançou do palco à platéia) e o responsável pelo som levou uma lata
de cerveja na cabeça por ter deixado o baixo espantosamente alto
durante o show.
O Rapture foi um dos atos mais
excitantes do recém-ocorrido
Coachella Festival (26 e 27 de
abril), na Califórnia, segundo depoimentos. Não custa lembrar
que a banda de NY se destacou
em meio a shows de feras supremas como Blur, Queens of the
Stone Age, Interpol, Beastie Boys,
White Stripes, Libertines, Hives,
Iggy Pop...
lucio@uol.com.br
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