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São Paulo, sexta-feira, 09 de maio de 2003

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Rapture, a sua nova banda predileta

LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Tim Festival já tem uma "grande" atração internacional assegurada para o evento deste ano. A banda americana Rapture, famosa no underground e nas pistas, mas ainda sem seu primeiro disco lançado, confirma que vem mesmo ao megafestival que substituirá o Free Jazz em outubro (mas neste ano só acontecerá no Rio), conforme esta coluna havia ventilado textos atrás.
Difícil de prender em rótulo, grosso modo dá para apontar o Rapture como um dos mais festejados nomes da onda punk-funk da gulosa cena nova-iorquina (a banda, na verdade, veio de San Francisco).
A fama do Rapture, além de shows bombásticos pelos melhores clubes do mundo (de festinhas no Brooklyn até apresentação na badalada noite Trash, em Londres), vem da música quebra-assoalho "House of Jealous Lovers", hino obrigatório em qualquer pista decente desde o meio de 2002.
O Rapture é banda que conta com excelente reputação dentro das mais variadas tendências, do rock à música eletrônica. Já apareceu até em trilha de filme de Hollywood (o delicioso "Rules of Attraction", que insistem em não lançar por aqui).
Rapture é rock. Outro dia este colunista tocou "House of Jealous Lovers" em uma pista de SP e vieram perguntar: "Legal isso. É o novo White Stripes?".
Rapture é eletrônico. No último Skol Beats, a famosa canção da banda foi tocada em roupagem diferente por duas grandes atrações do festival: nos sets do DJ americano Green Velvet e no da dupla escocesa Slam.
Semana passada, (novamente) este colunista atuou de DJ no Club Fuzz, em SP, enquanto o delicioso Stereo Total se preparava para fazer valioso pocket show na casa.
No set de uma hora, foram tocadas duas músicas do Rapture em momentos diferentes. Uma foi a ultracitada "Jealous Lovers", perto de um bloco de rock. Outra foi "I Need Your Love", que vai estar no CD de estréia do grupo.
As duas canções foram, na noite, as campeãs da pergunta: "O que é isso que você tocou?".
O Rapture é da gravadora nova-iorquina DFA. E a coisa é assim, para resumir:
1) A DFA é a representação atual da inglesa Creation ou da americana Sub Pop do começo dos 90.
2) O Rapture é o Primal Scream + Happy Mondays destes tempos no estilo, emanando a sonoridade do pós-punk inglês.
A banda era uma dupla quando chegou da Califórnia. Agora é um quarteto, com um sujeito tipo o Bez dos Happy Mondays, cuja função no grupo é dançar efusivamente enquanto os outros tocam.
Embora o cantor e guitarrista Luke Jenner é o cara a ficar de olho, a banda é uma espécie de anti-White Stripes, no sentido de que no Rapture o baixo é (quase) o instrumento mais importante.
O grupo acabou de fazer uma turnê pelo Reino Unido. Segundo Luke Jenner, os melhores momentos da tour aconteceram em Londres, quando um homem de uns 45 anos fez "stagedive" (se lançou do palco à platéia) e o responsável pelo som levou uma lata de cerveja na cabeça por ter deixado o baixo espantosamente alto durante o show.
O Rapture foi um dos atos mais excitantes do recém-ocorrido Coachella Festival (26 e 27 de abril), na Califórnia, segundo depoimentos. Não custa lembrar que a banda de NY se destacou em meio a shows de feras supremas como Blur, Queens of the Stone Age, Interpol, Beastie Boys, White Stripes, Libertines, Hives, Iggy Pop...

lucio@uol.com.br


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