São Paulo, sexta-feira, 09 de junho de 2000


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CINEMA/ESTRÉIA
Com "Tenha Fé", o badalado ator prova não apenas ter o domínio da câmera, mas também do humor
Edward Norton revela seu lado diretor

DA REDAÇÃO

Não se pode dizer que o ator Edward Norton, 30, teve uma estréia discreta no cinema. Como o jovem psicopata Aaron Stampler, de "As Duas Faces de um Crime" (1996), ele literalmente roubou a cena de Richard Gere, recebeu uma indicação ao Oscar de ator coadjuvante e levou uma produção sem grandes pretensões artísticas para, pelo menos, ser avaliada pela Academia de Hollywood.
Logo depois, realizou o sonho de nove entre dez astros do cinema americano: trabalhar com Woody Allen. No musical "Todos Dizem Eu Te Amo", do mesmo ano, cantou e dançou ao lado de Drew Barrymore com quem, dizem, teve um rápido romance.
De lá para cá, todo novo projeto no qual Norton se envolve logo transforma-se no "talk of the town" da capital do cinema americano. Seu cachê está batendo nos US$ 6,5 milhões e "A Outra História Americana" (1998) lhe deu nova indicação ao Oscar.
Norton participou, ao lado de Brad Pitt, do polêmico "Clube da Luta", que, para o público brasileiro, ecoa a memória dolorosa do atentado cometido no MorumbiShopping, em São Paulo, durante a exibição do filme, em novembro do ano passado.
Considerado um dos mais -se não o mais- talentosos atores de sua geração, chamado de novo Brando, Norton foi convencido a estrear na direção -e de uma comédia romântica- pelo roteirista Stuart Blumberg, seu colega na Universidade de Yale, onde Norton se formou em história.
"Stuart me mostrou o roteiro original, nós dois o reescrevemos, e ele sugeriu que eu dirigisse. "Outro cara não vai gostar dos mesmos lugares de Nova York, não vai sacar as piadas de judeu", ele me disse. Nós decidimos filmar, e as locações ficavam a duas quadras do nosso primeiro apartamento na cidade", conta Norton.
"Tenha Fé" narra a amizade entre um padre (Norton) e um rabino (Ben Stiller) progressistas, que fica abalada quando ambos se apaixonam pela mesma mulher (Jenna Elfman). Do trivial triângulo amoroso, Norton produz um humor leve, surpreendente, apesar de convencional, que recebeu tantos elogios quanto o seu trabalho de ator da crítica.
Agora, ele dedica-se ao próximo passo de sua carreira, que também vai dar o que falar: as filmagens, no Canadá, de "The Score", ao lado de nada menos do que Marlon Brando e Robert De Niro, com direção de Frank Oz.
(FÁTIMA GIGLIOTTI)


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