São Paulo, quinta-feira, 09 de junho de 2011

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Christiane Oelze toca hoje na Sala São Paulo

Soprano será acompanhada pela Orquestra de Câmara de Munique

O repertório da artista alemã terá a cantata "Orfeo" e o quarteto de cordas do vanguardista Arnold Schönberg

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma das mais versáteis sopranos alemãs da atualidade, Christiane Oelze, 47, canta hoje duas obras separadas por 270 anos de história da música na série da Sociedade de Cultura Artística.
Acompanhada pela Orquestra de Câmara de Munique (Alemanha), ela vai interpretar a cantata "Orfeo", escrita por volta de 1736 por Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736). E sola no segundo quarteto de cordas do vienense Arnold Schönberg (1874-1951), de 1908.
A orquestra é dirigida por Alexander Liebreich e se apresenta sem regente.
"Sou tida como especialista em Mozart, mas aí no Brasil vou cantar Pergolesi, que é um compositor um pouco anterior", explica. "Baseada no mito da Grécia Antiga, "Orfeo" é centrada neste personagem. Então, construo sua interpretação um pouco como se fosse uma ópera."
Conceituada também como intérprete da música dos autores vienenses da primeira metade do século, Oelze já gravou não só o quarteto de Schönberg mas também as obras vocais de Anton Webern (1883-1945).
Schönberg é conhecido como o grande difusor da técnica de vanguarda conhecida como dodecafonismo.
O "Quarteto nº 2", contudo, é anterior a essa época, e os três primeiros de seus quatro movimentos são tonais.
Embora o quarteto de cordas seja usualmente uma forma puramente instrumental, aqui o compositor acrescenta uma soprano solista, cantando textos do alemão Stefan George (1868-1933).
"A obra é de uma época difícil da vida de Schönberg, pois sua mulher estava tendo um caso com um amigo do casal, o pintor austríaco Richard Gestl (1883-1908)", diz. "A música tem uma grande carga emocional."

CHRISTIANE OELZE

QUANDO hoje e sáb; às 21h
ONDE Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, 16; tel. 0/xx/11/ 3223-3966)
QUANTO R$ 80 a R$ 170
CLASSIFICAÇÃO livre


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