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Christiane Oelze toca hoje na Sala São Paulo
Soprano será acompanhada pela Orquestra de Câmara de Munique
O repertório da artista alemã terá a cantata "Orfeo" e o quarteto de cordas do vanguardista Arnold Schönberg
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma das mais versáteis sopranos alemãs da atualidade, Christiane Oelze, 47, canta hoje duas obras separadas
por 270 anos de história da
música na série da Sociedade
de Cultura Artística.
Acompanhada pela Orquestra de Câmara de Munique (Alemanha), ela vai interpretar a cantata "Orfeo",
escrita por volta de 1736 por
Giovanni Battista Pergolesi
(1710-1736). E sola no segundo quarteto de cordas do vienense Arnold Schönberg
(1874-1951), de 1908.
A orquestra é dirigida por
Alexander Liebreich e se
apresenta sem regente.
"Sou tida como especialista em Mozart, mas aí no Brasil vou cantar Pergolesi, que
é um compositor um pouco
anterior", explica. "Baseada
no mito da Grécia Antiga,
"Orfeo" é centrada neste personagem. Então, construo
sua interpretação um pouco
como se fosse uma ópera."
Conceituada também como intérprete da música dos
autores vienenses da primeira metade do século, Oelze já
gravou não só o quarteto de
Schönberg mas também as
obras vocais de Anton Webern (1883-1945).
Schönberg é conhecido como o grande difusor da técnica de vanguarda conhecida
como dodecafonismo.
O "Quarteto nº 2", contudo, é anterior a essa época, e
os três primeiros de seus quatro movimentos são tonais.
Embora o quarteto de cordas seja usualmente uma forma puramente instrumental,
aqui o compositor acrescenta
uma soprano solista, cantando textos do alemão Stefan
George (1868-1933).
"A obra é de uma época difícil da vida de Schönberg,
pois sua mulher estava tendo
um caso com um amigo do
casal, o pintor austríaco Richard Gestl (1883-1908)", diz.
"A música tem uma grande
carga emocional."
CHRISTIANE OELZE
QUANDO hoje e sáb; às 21h
ONDE Sala São Paulo (pça. Júlio
Prestes, 16; tel. 0/xx/11/ 3223-3966)
QUANTO R$ 80 a R$ 170
CLASSIFICAÇÃO livre
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