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eCrítica
Filme é exemplar do "cinema adulto" de Hollywood
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Os mais jovens podem achar
que é gozação, mas existiu nos
EUA, em Hollywood, um cinema adulto. E nem era "independente", vinha mesmo dos
grandes estúdios. Podia até tratar de memória e esquecimento, como tantos filmes atuais,
sem por isso ser tolo.
Este é o caso de "De Repente, no Último Verão" (TCM,
23h50; classificação indicativa
não informada), em que Gore
Vidal adaptou a peça de Tennessee Williams em que Katharine Hepburn é a mulher
disposta a lobotomizar a perturbada sobrinha Liz Taylor.
Para tanto, convoca o cirurgião Montgomery Clift, especialista no ramo, que no entanto acha essa história muito mal
contada. No fundo dela, existem umas tantas experiências
da moça que a velha senhora
deseja extirpar antes que se
tornem lembrança efetiva e,
portanto, sentido. Um sentido
que contraria aquele que ela
deseja impor aos fatos.
Que lembranças são essas é
apenas parte da questão nesse
apaixonante filme de Joseph L.
Mankiewicz.
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