São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2008

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Volume da Coleção Folha traz "voz de travesseiro" de Dick Farney

Livro-CD do cantor e pianista chega às bancas amanhã, junto com primeiro número

DA REPORTAGEM LOCAL

Nos anos 40, ele introduziu um estilo sensual e calmo de cantar, conhecido como "voz de travesseiro". O cantor e pianista Dick Farney (1921-1987) é o personagem do segundo volume da Coleção Folha 50 Anos de Bossa Nova, que chega às bancas amanhã, junto com o livro-CD dedicado a Tom Jobim.
Ídolo da adolescência de músicos da primeira geração da bossa, como Roberto Menescal e Carlos Lyra, ele antecipou o moderno estilo de interpretar o samba que tem como marco oficial as gravações de João Gilberto, em 1958. Carioca da Tijuca, Farnésio Dutra e Silva (seu nome de batismo) vinha de uma família abastada e ligada à música erudita. Ainda na infância se apaixonou pelo jazz, gênero que se popularizou naquela época graças ao advento do cinema falado e dos discos.
Estreou aos 13, tocando Chopin na rádio Guanabara, mas três anos depois já fazia parte do grupo Swing Maníacos. Nos anos 40, assumiu o piano da orquestra de danças do Cassino da Urca. Chamado de "americanizado" por cantar só em inglês no início da carreira, Farney se rendeu à música brasileira, em 1946, ao gravar o moderno samba-canção "Copacabana" (João de Barro/ Alberto Ribeiro). Essa gravação está no CD que acompanha seu volume na série, ao lado de outros clássicos, como "Tereza da Praia" (Tom Jobim/ Billy Blanco), "Marina" (Dorival Caymmi) e "Uma Loura" (Hervê Cordovil).


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