São Paulo, domingo, 09 de setembro de 2007

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Outro Canal

Daniel Castro - dcastro@folhasp.com.br

Gilvan Barreto/Folha Imagem
A MULATA DO GELO Muita gente que a viu pela primeira vez no quadro "Dança no Gelo" pensou que Lucy Ramos era passista ou Globeleza. Mas essa atriz de 24 anos teve importante papel em "Sinhá Moça" (2006). Ela viveu uma dama de companhia que se apaixonou por um filho de fazendeiro, personagem lhe rendeu um contrato de três anos com a Globo. Agora, seu sonho é fazer um filme sobre sua mãe. "Minha mãe até hoje é faxineira. Ela criou três filhos sozinha", conta.

Globo discute queda no Ibope e falta de criatividade artística

É grande a expectativa em torno do sétimo "Encontro Globo de Criação", que será realizado durante três dias da semana que vem, em um hotel de Angra dos Reis (RJ), e reunirá toda a cúpula artística da emissora, autores, roteiristas e diretores de programas.
O evento anual tradicionalmente discute novos programas, que são testados como especiais de fim de ano. Desta vez, no entanto, as discussões irão além. O assunto principal será a queda de audiência que a Globo vem sofrendo neste ano. Não chega a ser uma crise, mas já é algo que preocupa a rede líder.
Na média acumulada de 2007, a Globo já perdeu 2,2 pontos no Ibope nacional. Parece pouco, mas é mais do que a audiência diária da Band, a quarta maior rede do país. Equivale ao dobro do crescimento da Record neste ano. Ou seja, a Globo não está necessariamente perdendo público só para a Record, mas, principalmente, para outras mídias (como a TV paga e o DVD) e para o botão "off" do controle remoto -o telespectador que desliga a TV e vai fazer outra coisa.
A Globo registra atualmente audiências insatisfatórias (para o seu padrão) em "Malhação", nas novelas das seis e das sete, na chamada segunda linha de shows ("Toma Lá, Dá Cá", "Linha Direta"), no "Fantástico", "Esporte Espetacular", programação matinal e futebol.
Todos esses problemas estão na pauta do encontro de criação. E a falta de criatividade também. Dos 57 projetos de novos programas apresentados para discussão em Angra, quase todos são de seriados de humor. E nenhum entusiasmou a cúpula artística.
O que salva a Globo é que -por "inércia", comodismo do mercado ou incompetência da concorrência- ela ainda detém mais de 70% das receitas publicitárias da TV, embora sua audiência seja de "apenas" 43% do país -há sete anos, era de mais de 50%.

O FUTURO DO "ESTRELAS"
A atriz Ana Furtado foi escolhida pela Globo para comandar o "Estrelas" durante a licença-maternidade de Angélica, que deve dar à luz um bebê até novembro. Ana começa a gravar já no final deste mês e deverá ficar no ar até março. Será supervisionada pelo pelo próprio marido, J.B. de Oliveira, o Boninho, diretor-geral do programa sobre celebridades. A atriz, que fez "Páginas da Vida" e foi repórter do "Vídeo Show", gravará as reportagens e entrevistas do "Estrelas", mas não substituirá totalmente Angélica. Ana e Angélica aparecerão juntas no início de cada programa, fazendo uma espécie de "diário da mamãe" e apresentando as principais atrações. Assim, a senhora Luciano Huck não sairá do ar. No "Video Game", quadro que apresenta no "Video Show", Angélica passará o bastão (completamente) para Fernanda Lima.

Pergunta indiscreta

FOLHA - Na sua opinião, até quando programas que exploram dramas pessoais alheios terão espaço e audiência na TV?
MÁRCIA GOLDSCHMIDT
(apresentadora do "Márcia", da Band) - Enquanto existirem os seres humanos, existirão os dramas e, portanto, a necessidade de catarse, de apoio externo para a solução de conflitos pessoais, seja no consultório ou na TV. Não me vejo explorando, mas mostrando lições de vida.

TRAPÉZIO
Silvio Santos grava nesta semana o piloto da versão de "Você É Mais Esperto do que um Aluno de 5ª Série?", sucesso da Fox (EUA) que consiste em mostrar adultos errando respostas de perguntas que compõem material do ensino fundamental.

DAMA
Laura Cardoso será a estrela de "Hoje Eu me Chamo Dinorá", adaptação para o teatro de texto de Janete Clair feita por Maria Carmem Barbosa. A peça, que estréia dia 20 no teatro Imprensa (SP), abre as homenagens dos 25 anos da morte da maior novelista do país.

O BOFE DO ANO
Intérprete do vilão Olavo de "Paraíso Tropical", Wagner Moura foi homenageado pela equipe da novela na última quarta. O diretor Dennis Carvalho mobilizou atores e técnicos para receberem Moura, na porta do estúdio, com uma salva de palmas. O ator é muito querido pela produção. Foi o primeiro a ganhar o "troféu bofe do mês" -depois, vieram Fábio Assunção e Bruno Gagliasso.


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