São Paulo, terça-feira, 09 de novembro de 2010 |
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CRÍTICA ROCK McCartney aquece corações apaixonados
Ex-Beatle apresenta show histórico em Porto Alegre e faz plateia chorar
São 23h01 quando toca em
Porto Alegre o despertador
mais famoso do rock. É aquele que dispara no meio de "A
Day in the Life", e ao qual
Paul McCartney engata "woke up/ fell out of bed" ("acordei/ saí da cama").
Mas o velho Macca, 68,
não está na cama, está no
palco do estádio Beira-Rio e
se prepara para o ponto alto
de seu show.
Após a épica canção, uma
das que realmente compôs
em parceria com John Lennon, McCartney senta ao piano e enfileira "Let It Be", "Live and Let Die" e "Hey Jude".
É o fim da primeira parte da
apresentação.
As pessoas choram, ainda
ensurdecidas pelas explosões e maravilhadas pelos fogos de artifício. Continuam
cantando "na, na, na, na"
por cinco minutos, até que o
inglês volta, satisfeito, para o
primeiro bis.
McCartney é o protótipo do
roqueiro feliz. Tudo para ele
é brincadeira, motivo de risada e de felicidade. Faz questão de cumprimentar todos
os cantos do estádio e mandou instalar um teleprompter aos seus pés para poder
falar na língua do país. No caso, se diz gaúcho.
Mas não gaúcho demais.
Quando leva uma mocinha
ao palco, ela se diz de Florianópolis e recebe uma vaia
bairrista. Paul McCartney, o
roqueiro vegetariano, não
pode deixar passar tal desfeita: "O que tem de errado com
Florianópolis? Eu sou de Liverpool, gente!" Essa, de improviso, saiu em inglês.
Seja de Liverpool, gaúcho
ou paulista (algo no qual ele
deve se transformar em breve), o roqueiro bonzinho teve
grande ajuda para emocionar. A banda é excelente. Os
telões, verticais e enormes,
são perfeitos. O som é de altíssima qualidade. |
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