São Paulo, quarta-feira, 09 de novembro de 2011

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CRÍTICA

Spike Lee é o cineasta do mal-estar contemporâneo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em vez de dizer que Spike Lee é um cineasta da negritude, não seria inexato vê-lo como um cineasta do mal-estar contemporâneo. Seu centro são os conflitos raciais, sem dúvida, e poucas vezes ele está tão explícito quanto no filme que o tornou famoso, "Faça a Coisa Certa" (TC Cult, 19h45, 14 anos).
Lá, temos uma região pobre, uma pizzaria de sócios ítalo-americanos, um funcionário negro e boa parte de clientes idem. Existe ali, também, uma espécie de "parede da fama" destinada a celebridades italianas. Por que só italianas?, questiona um cliente. Ora, essa é uma parede de afirmação de uma comunidade, por isso não há lugar para negros. Mas o negro também quer se afirmar, é justo. Daí à catástrofe é só um passo.


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