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Photoespaña destaca coletivos de SP
Um dos principais eventos de fotografia no mundo terá mostra com 13 brasileiros em centro de Madri
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil produz uma fotografia contemporânea de grande
qualidade, mas que ainda é
pouco conhecida na Europa.
Curadores e críticos da área,
que estiveram em São Paulo na
semana passada dentro da programação do Photoespaña, um
dos eventos de fotografia mais
importantes do mundo, pretendem que esse desconhecimento seja minimizado.
De 9 de junho a 25 de julho do
ano que vem, o Instituto Cervantes de Madri vai organizar
uma mostra que contará com
trabalhos de 13 artistas brasileiros, entre eles dois coletivos,
os paulistanos Cia de Foto e
Garapa. Sete outros fotógrafos
de países latino-americanos
completam a seleção.
"Fiquei muito impressionada com a vitalidade da fotografia brasileira. Gostei muito do
que vi em São Paulo. Não há
uma linha única na produção
daqui, a diversidade é que
atrai", afirma a francesa Claude
Bussac, 46, diretora do Photoespaña e organizadora da leitura de portfólios feita na semana passada na cidade.
O espanhol Alejandro Castellote, um dos principais críticos
da área no mundo, e o cubano
Juan Antonio Molina assinarão
a curadoria da exposição em
Madri. Além dos coletivos, Laura Belém, Breno Rotatori, Lívia
Aquino e Gilvan Barreto, entre
outros, foram selecionados.
"Tentaremos criar um fio
condutor coerente, que una todos os autores", diz Castellote,
50. "Há uma inventividade
grande aqui, presente em várias cidades. Os coletivos têm
uma ausência de ego que é um
desafio à noção de autoria."
Para Castellote, a mostra servirá para que críticos e artistas
europeus conheçam essa nova
produção brasileira. "Mesmo
vigorosa, ela quase não é vista
em grandes centros. Imagino
que ela surpreenderá muitos."
O Photoespaña 2010 confirmou a experiência do tempo
como eixo curatorial das exposições em Madri e Cuenca.
Obras de nomes como Moholy-Nagy (1895-1946) e Jeff Wall
fazem parte da programação.
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