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FILMES
TV ABERTA
Michael Moore registra caos norte-americano
Jovem Demais para Morrer
Globo, 16h10.
(Young Guns 2). EUA, 90, 105 min.
Direção: Geoff Murphy. Com Emilio
Estevez, Kiefer Sutherland. Billy the Kid
(Estevez) refugia-se no Novo México,
mas é perseguido por seu ex-amigo, o
hoje xerife Pat Garrett.
Crocodilo
Record, 22h.
(Crocodile). EUA, 2000, 93 min. Direção:
Tobe Hooper. Com Mark MacLaughlin,
Caiyhim Martin. Adolescentes em
viagem brincam com um ninho de
crocodilo, sem saber a ira milenar que
estão despertando.
O Primeiro Milhão
SBT, 23h15.
(Boiler Room). EUA, 2000. Direção: Ben
Younger. Com Giovanni Ribisi, Vin Diesel.
Dono de um cassino clandestino monta
uma pequena empresa quando recebe
uma proposta em que seu primeiro
milhão chegará fácil. Verá que o dinheiro
fácil chega por vias tortuosas.
Emmanuelle, um Mundo de Desejo
Bandeirantes, 1h.
(Emmanuelle, a World of Desire). 1994,
95 min. Direção: L.L. Shapira. Com Krista
Allen, Timothy Dipri. Emmanuelle faz o
de sempre: mostra a seus amantes
segredos inimagináveis do amor.
Roger e Eu
SBT, 1h30.
(Roger & Me). EUA, 89, 91 min. Direção:
Michael Moore. Moore fez enorme
sucesso nos EUA quando dirigiu este
documentário mostrando o que
acontece em Flint, Michigan, quando a
GM fecha suas fábricas causando
desemprego em massa. Começa aqui a
marcha de Moore rumo ao título de
"crítico número um dos EUA".
Galera da Pesada
Globo, 2h45.
(Phat Beach). EUA, 96, 84 min. Direção:
Doug Ellin. Com Brian Hooks, Jermaine
Hopkins. Durante as férias, garoto
gorducho surrupia o carro do pai e vai
para a praia atrás de belas garotas.
O Julgamento de Nuremberg
SBT, 3h15.
(Nuremberg). EUA, 2000. Direção: Yves
Simoneau. Com Alec Baldwin,
Christopher Plummer. Originalmente
uma minissérie que retoma o
julgamento de vários dos principais
líderes nazistas. Apenas para SP.
(INÁCIO ARAUJO e BRUNO YUTAKA SAITO)
TV PAGA
Produções expõem maneiras de conceber sagas
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Há mitologias e mitologias. Comparar a saga do rei
Arthur tal como contada por Robert Bresson em "Lancelot du
Lac" a "O Senhor dos Anéis - A
Sociedade do Anel", em termos
de bilheteria, seria o mesmo que
comparar um Van Gogh com um
artista modesto do Embu.
Mas a verdade é que esses filmes
têm objetivos diferentes, e seria
injusto aproximá-los pelo critério
comercial, meramente. "O Senhor dos Anéis" é feito para nos
subjugar, à maneira das superproduções -de quase todas, em
todo caso-, e para isso não faz
economia de música e palavras
grandiloquentes.
No "Lancelot" de Bresson, ao
contrário, pouco se fala, e o que
pode nos atrair é justamente o
despojamento. Pode-se ter visto
tudo nos filmes da Távola Redonda, mas nunca em outra parte me
lembro de ter ouvido aquele ruído
das armaduras.
De repente, toda a aura de valentia e heroísmo daqueles cavaleiros sofreu uma fratura. Era como se todo o cinema de aventuras
medievais até ali tivesse sido feito
para ocultar o prosaico do ruído
da lata batendo no cavalo em movimento. Ao mesmo tempo, um
ruído lindo, porque verdadeiro.
Já "O Senhor dos Anéis" investe
em sentimentos mais tradicionais. O heroísmo dos guerreiros e
dos homens comuns é um deles.
Até a sonoridade dos nomes
-Mordor, Saruman etc- é dotada de uma grandiloquência que
empresta gravidade a cada gesto:
tudo parece decisivo -e, se não
parece, uma música também
grandiosa resolve o problema.
Cada filme tem sua função
-embora pessoalmente "O Senhor dos Anéis" me pareça terrivelmente inflado mesmo dentro
da sua função- e isso todo espectador deve levar em conta -ninguém é melhor ou pior por discordar de outro.
LANCELOT DU LAC. Quando: hoje, às
10h e 17h, no Film & Arts
O SENHOR DOS ANÉIS - A SOCIEDADE
DO ANEL. Quando: hoje, às 17h45, no
HBO
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