São Paulo, quinta-feira, 10 de março de 2011

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Atuações primorosas marcam "La Bohème"

CD da Coleção Folha tem Björling e Victoria de los Ángeles no elenco

Ópera de Puccini, que chega às bancas no dia 13, integra série de títulos que marcaram o universo da música

DE SÃO PAULO

Na Paris do século 19, um poeta e uma florista vivem uma história de amor contada por meio de melodias cativantes e uma orquestração refinada.
"La Bohème", de Puccini, é o volume seis da Coleção Folha Grandes Óperas, que chega às bancas no próximo domingo, dia 13.
Essa gravação de "La Bohème" normalmente entra nas listas de referência como uma das melhores já feitas desta ópera, pela habilidade com que o maestro Thomas Beecham (1879-1961) maneja a orquestra e pela qualidade do elenco.
O par romântico central é encarnado por duas das mais belas vozes do século 20: o poeta Rodolfo é vivido pelo tenor sueco Jussi Björling (1911-1960), dono de um timbre encantador, que faz uma interpretação memorável da ária mais famosa da partitura, a ária "Che Gelida Manina" (que mãozinha gelada), do primeiro ato.
Já a delicada florista Mimì, que morre de tuberculose no final da ópera, é cantada pela soprano catalã Victoria de los Ángeles (1923-2005).
Se o grande nome da ópera italiana no século 19 foi Giuseppe Verdi (1813-1901), não seria exagero ver em Giacomo Puccini (1858-1924) seu mais brilhante sucessor.
Ele talvez tenha sido o último compositor de óperas realmente populares, com alguns títulos que jamais saíram do repertório desde a estreia, como "Tosca", "Madama Butterfly" e "Turandot".
Ambientada em Paris, por volta de 1830, "La Bohème" foi inspirada no livro "Scènes de la Vie de Bohème", de Henry Murger, mostrando episódios da vida boêmia no Quartier Latin, na capital francesa. Estreou em 1896.
Recentemente, o musical "Rent" (1996), de Jonathan Larson, e o filme "Moulin Rouge" (2001), de Baz Luhrmann, também dialogaram com esse mesmo universo.


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