DA REPORTAGEM LOCAL

Estudiosa da rabeca (espécie de violino) e da música regional nordestina, Renata Rosa, 33, foi parar em "A Pedra do Reino" depois que o diretor Luiz Fernando Carvalho ouviu seu disco "Zunido da Mata" e convidou-a para integrar o elenco.
Nascida em São Paulo, mas radicada em Olinda, Rosa vive na minissérie a personagem de Maria Safira. Violentada na infância, a moça é salva de cair na prostituição por um velho da aldeia, Pedro, que se casa com ela, mas jamais toca seu corpo.
Quando a conhece, Quaderna enfim vê a cura para as altas doses de chá de cardina que seu pai lhe dava na infância, para que ficasse mais inteligente. Com a masculinidade recuperada, o herói passa a viver "amancebado" com a moça.
"Safira não usa máscara social, gosto dela porque não tem medo de se mostrar. A sociedade de Taperoá a via como devassa. Mas ela era apenas uma mulher livre", disse a cantora à Folha.
Além de atuar, Rosa trouxe para a produção um pouco das pesquisas que faz com relação à música do Nordeste. A tradição da rabeca do cavalo-marinho, que surge em algumas cenas, é uma de suas contribuições. "A rabeca é tradicional em todo o Brasil, mas em cada região tem uma característica particular. No caso do sertão paraibano, a presença da cultura árabe é muito forte. Na série, está dando para mostrar isso um pouco", diz. (SC)


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