São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2010

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Anna Muylaert vence prêmio de cinema

"É Proibido Fumar", filme de baixo orçamento, ganhou cinco troféus em cerimônia anteontem, no Rio de Janeiro

"Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei", premiado em quatro categorias, foi outro destaque da noite

AUDREY FURLANETO
DO RIO

Dois filmes sem grandes orçamentos foram os maiores vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, da Academia Brasileira de Cinema, entregue na noite de anteontem, no Rio.
Das 27 categorias, "É Proibido Fumar", de Anna Muylaert, levou cinco troféus (longa de ficção, direção, roteiro original, trilha sonora e montagem) e "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei", de Cláudio Manoel, Calvito Leal e Micael Langer, ficou com quatro (documentário, montagem de documentário, som e trilha original).
Orçado em R$ 3 milhões, "É Proibido Fumar" desbancou produções mais caras, como "Se Eu Fosse Você 2", de Daniel Filho.
Com pelo menos o dobro do orçamento do drama de Muylaert, "Se Eu Fosse..." concorria a nove categorias e venceu duas -melhor filme no voto popular e melhor ator, para Tony Ramos.
Foi, aliás, na categoria de interpretação que outra produção maior conseguiu seu espaço. Lilia Cabral recebeu o troféu de melhor atriz por "Divã", de José Alvarenga Jr.
Já "Tempos de Paz", também de Daniel Filho e favorito da noite com 11 indicações, venceu apenas nas categorias de melhor figurino e melhor roteiro adaptado.
"Não faço bilheteria como o Daniel, mas eu ganho prêmio, ganho prêmio...", disse a produtora de "É Proibido Fumar", Sara Silveira.
O longa também foi o grande vencedor do Festival de Brasília em 2009, com oito prêmios, como melhor filme e roteiro, entre outros.
Nesta edição, o Grande Prêmio homenageou o cineasta Anselmo Duarte, morto em 2009.
Diretor de "O Pagador de Promessas" (1962) e único brasileiro a vencer a Palma de Ouro em Cannes, ele foi lembrado em discurso emocionado, lido por Glória Menezes e escrito por Ignácio de Loyola Brandão.
"Ele era seguro, determinado, sem pose de gênio, sem exibições megalomaníacas", disse Glória.


JOSÉ SIMÃO
O colunista é publicado no caderno Copa 2010.




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