São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2011

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CRÍTICA

Cronenberg transforma corpo no filme "eXistenZ"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Bons cineastas situam-se confortavelmente nos gêneros que adotam. Os grandes, apenas, os redefinem. David Cronenberg o fez com o terror, com o filme fantástico.
Antes dele, nossos monstros vinham de fora: de outros mundos, do além, podiam até ser fabricados, como o Frankenstein. Desde Cronenberg, a monstruosidade está em nós. Para o bem e para o mal. Ela e nosso corpo formam uma unidade, não raro perversa.
Isso se mostra com mais delicadeza que em outros momentos, mas não menos clareza, em "eXistenZ" (HBO, 14h50, 12 anos), em que o corpo humano vive uma realidade segunda (sem abdicar da sua). Transforma-se. Em Cronenberg, o corpo é que é um monstro mutante.


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