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Chuva e lama divertem o público
DO ENVIADO A ROSKILDE
"Na Índia, dizem que a
chuva é uma benção de
Deus. Mas Deus tem um
senso de humor estranho
em relação ao norte da Europa." A brincadeira do
guitarrista Pete Townshend, no início do show do
The Who, no sábado, ilustra por que passou o público do Festival de Roskilde.
O evento aconteceu oficialmente entre quinta
passada e anteontem. Mas
desde o domingo anterior
já era possível acampar no
local e assistir a shows.
Localizado na cidade de
250 mil habitantes de
mesmo nome, a 40 minutos de trem a oeste de Copenhague, o Roskilde
aconteceu no meio de uma
época muito chuvosa. Entre a quarta e a quinta,
choveu sem parar por 35
horas seguidas.
A sexta-feira foi o "day
after". O sol saiu um pouquinho e iluminou o cenário apocalíptico: lama por
todos os lados (em alguns
locais, a perna afundava
quase 50 centímetros),
barracas inundadas, caixas de cerveja flutuando
em enormes poças d'água.
O público, com roupas
impermeáveis e galochas,
não se importava. Fazia
guerra de lama, corrida na
lama, mergulho na lama...
O festival recebeu, em
média, 80 mil pessoas por
noite, em suas sete tendas.
Foi criado em 1971 por
dois amigos. Chamava-se
Sound Festival em sua primeira edição. Uma organização de caridade ligada à
Prefeitura de Roskilde assumiu o evento no ano seguinte. Tudo o que é arrecadado é doado a instituições do país ligadas a
crianças e adolescentes.
As pessoas que trabalham
no evento são todas voluntárias.
(TN)
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