São Paulo, sábado, 10 de julho de 2010

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Peça tem direção previsível e figurino primoroso

DO EDITOR DA PUBLIFOLHA

A novela "O Médico e o Monstro" (1886), de Robert Louis Stevenson (1850-1894) é dos clássicos incontornáveis da alta literatura e criou um dos mitos mais fascinantes da cultura ocidental.
O livro foi objeto de centenas de adaptações, entre elas a versão romantizada e musical "Jekyll & Hyde", de Leslie Bricusse (libreto) e Frank Wildhom (música), que estreou na Broadway em 1997.
No espetáculo brasileiro, a direção coube a Fred Hanson, que cumpriu o trabalho com eficiência, embora de maneira previsível e sem inventividade.
Mais atenção chama o cenário de J.C. Serroni, que remete à arquitetura de ferro do período vitoriano e trabalha muito bem o contraponto entre ambientes privados e públicos, situações veladas e expostas.
O figurino de Fause Haten é primoroso, em particular no tratamento dramático das cores.
Na première, a atriz Kakau Gomes foi o destaque, com uma composição forte da prostituta Lucy. Nando Prado (Jekyll-Hide) alcançou melhores momentos na segunda parte, mas haverá quem se incomode com seus tiques -é um ator-cantor que ainda precisa de lapidação.


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