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Peça tem direção previsível e figurino primoroso
DO EDITOR DA PUBLIFOLHA
A novela "O Médico e o
Monstro" (1886), de Robert
Louis Stevenson (1850-1894)
é dos clássicos incontornáveis da alta literatura e criou
um dos mitos mais fascinantes da cultura ocidental.
O livro foi objeto de centenas de adaptações, entre elas
a versão romantizada e musical "Jekyll & Hyde", de Leslie
Bricusse (libreto) e Frank
Wildhom (música), que estreou na Broadway em 1997.
No espetáculo brasileiro, a
direção coube a Fred Hanson, que cumpriu o trabalho
com eficiência, embora de
maneira previsível e sem inventividade.
Mais atenção chama o cenário de J.C. Serroni, que remete à arquitetura de ferro
do período vitoriano e trabalha muito bem o contraponto
entre ambientes privados e
públicos, situações veladas e
expostas.
O figurino de Fause Haten
é primoroso, em particular
no tratamento dramático das
cores.
Na première, a atriz Kakau
Gomes foi o destaque, com
uma composição forte da
prostituta Lucy. Nando Prado (Jekyll-Hide) alcançou
melhores momentos na segunda parte, mas haverá
quem se incomode com seus
tiques -é um ator-cantor que
ainda precisa de lapidação.
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