especial para a Folha

Desde que surgiu, em 1995, o Manguetronic (www2.uol.com.br/latitude/radio/home.htm) ocupa-se em dar voz à cena recifense, em evidência desde a eclosão do mangue-bit, no começo da década. Não é um serviço exclusivo de divulgação de bandas, mas se considera "o primeiro programa de rádio para Internet da América Latina". A partir de seu primeiro número passou a incorporar o rol de atrações do provedor Universo Online.
Em seus links de áudio já passaram (e passam com regularidade) Devotos do Ódio, Mundo Livre S/A, Otto, Eddie, Matalanamão, Dona Margarida Pereira e os Fulanos, Jackson do Pandeiro e até bandas mexicanas como Malditad Vencidad e Café Tacuba.
Embora privilegie a música, a Manguetronic tem uma página dedicada ao texto, seja ele de ficção ou ensaístico. Chama-se "Verbum", e em sua última edição traz o que Fred Zero Quatro, do Mundo Livre, chama de "segundo manifesto oficial do Movimento Mangue", revivendo os primórdios e avaliando os rumos que os "mangue boys" tomaram após a morte de Chico Science, no verão de 1997.
Destaques musicais de sua última edição são as trilhas de "Baile Perfumado" e a ainda inédita "Enjaulado", vídeo premiado no último RioCine. Nela, há composições tecno, de hardcore e maracatu. Como os redatores do Manguetronic explicam, "o Recife, ao contrário da Bahia, prefere não se prender a uma batida. Como dizem os locais, de monocultura já basta a cana-de-açúcar." (PV)


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