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Aniversário da Bienal terá astros do mercado
Fundação trará de Oslo acervo que inclui Damien Hirst e Jeff Koons
Presidente da mostra de Arquitetura, que não poderá usar o pavilhão, diz que evento ainda assim vai acontecer
DO ENVIADO A OSLO
A festa dos 60 anos da Bienal de São Paulo, em 2011, irá
contar com alguns dos artistas estelares da produção
contemporânea, como o inglês Damien Hirst e os norte-americanos Jeff Koons e Matthew Barney.
Obras de relevância dos
dois artistas virão alocadas
entre 800 caixas em cerca de
30 contêineres, que irão se
dispersar em 13 mil m2 de exposição no pavilhão da Bienal, a partir do acervo do museu Astrup Fearnley, de Oslo,
na Noruega.
A mostra irá ocorrer entre
outubro e dezembro de 2011,
período que seria ocupado
pela 9ª Bienal de Arquitetura. A exposição foi aprovada
pelo Conselho da Fundação
há duas semanas.
"Buscamos um museu que
tivesse uma ótima coleção de
arte contemporânea pois a
vocação da Bienal é apresentar o que acontece hoje. Essa
é uma das melhores do mundo", afirmou Heitor Martins,
presidente da Fundação Bienal, em Oslo.
"Há três meses estamos
tentando falar com Heitor,
mas fomos informados apenas por carta de que perdemos o espaço. Acho um desrespeito, mas vamos fazer a
Bienal mesmo assim", diz
Rosana Ferrari, presidente
da seção paulista do Instituto
de Arquitetos do Brasil.
A instituição é a responsável pela realização dessa bienal, que tem como curador
de sua 9ª edição Valter Caldana, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do
Mackenzie.
"É preciso que a Bienal de
São Paulo não seja um evento isolado, mas que sempre
ocorra algo no pavilhão,
mantendo o educativo e outros setores ativos. A comemoração dos 60 anos já entra
nesse espírito", diz Elizabeth
Machado, presidente do Conselho da Bienal.
VACA E BEZERRO
Entre as obras já selecionadas para São Paulo, que terá curadoria do islandês
Gunnar B. Kvaran, também
diretor do Astrup Fearnley,
um dos destaques é "Mother
and Child Devided", de Hirst.
Nela, uma vaca e um bezerro
reais divididos ao meio são
dispostos em vitrines com
formol.
"Nós não colecionamos
movimentos artísticos, colecionamos artistas, por isso
temos muitas obras de cada
um e assim poderemos mostrar pequenas retrospectivas
dentro da exposição", conta
Kvaran.
A coleção tem ainda conjuntos expressivos de Jeff
Koons (17 obras), Matthew
Barney (50), Cindy Sherman
(15) e Richard Prince (17).
"Esses artistas nunca foram vistos de maneira ampla
na Bienal e essa é outra razão
pela escolha dessa coleção",
explica Martins.
O acervo do Astrup Fearnley contém cerca de 500
obras do empresário norueguês Hans Rasmus Astrup, o
oitavo colecionador mais importante de qualquer gênero,
entre os 200 listados pela revista "Artreview".
Foi ele quem levou Koons
a alcançar um recorde histórico como o artista vivo com a
obra mais cara vendida em
leilão, em 2001. Ele pagou
US$ 5,6 milhões (cerca de R$
9,6 milhões) por "Michael
Jackson and Bubbles", que
estava cotada no catálogo
por US$ 250 mil (R$ 430 mil).
Nos 60 anos da Bienal, o
grande destaque serão os astros do mercado.
(FCY)
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