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Exposição paralela em 2012 selecionará artistas emergentes
DO ENVIADO A OSLO
A 30ª Bienal de São Paulo,
que deve ocorrer em 2012,
ainda não tem curador definido, mas já se sabe que uma
de suas mostras paralelas vai
alcançar uma imensa repercussão.
Organizada pelo museu
Astrup Fearnley e a galeria
Serpentine, de Londres, uma
exposição com curadoria de
Hans-Ulrich Obrist, da instituição inglesa, e Gunnar Kvaran, pela Noruega, além de
Julia Peyton-Jones e Paulo
Herkenhoff, irá mapear cerca
de 50 artistas brasileiros
emergentes.
Depois de São Paulo, a
mostra segue para Inglaterra, Noruega e França.
Kvaran e Obrist, considerado pela revista Artreview,
em 2009, como a personalidade mais poderosa do mundo da arte contemporânea, já
realizaram outras três mostras do mesmo tipo.
A primeira, "Uncertain
States of America" (2005), organizada junto com Daniel
Birnbaum, mapeou a jovem
produção norte-americana.
Seguiram-se "China Power
Station" (2007) e "Indian
Highway" (2008), todas no
mesmo modelo.
CURADOR LOCAL
"No Brasil, por sua complexidade, pela primeira vez
estamos incluindo um curador local, que é o Herkenhoff", conta Kvaran, que espera apoio da Fundação Bienal para a execução da mostra no país.
"Por enquanto é um projeto, mas estamos discutindo a
coprodução dessa mostra;
como a Bienal tem um caráter internacional, acredito
que essa outra exposição não
seja uma concorrência à Bienal", disse Heitor Martins,
cujo mandato se encerra
após a 29ª Bienal.
Em Oslo, a mostra de arte
brasileira será exibida já na
nova sede do Astrup Fearnley, projetada pelo italiano
Renzo Piano e prevista para
ser inaugurada em 2012.
"Tivemos que convencer
alguns diretores de museu
para que suas instituições
apresentassem a arte da Índia ou da China. Agora, em se
tratando do Brasil, já temos
mais de dez instituições interessadas no tema", conta
ainda Kvaran.
(FABIO CYPRIANO)
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