São Paulo, terça-feira, 10 de novembro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Kieslowski usa natação como terapia em trilogia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O canal Futura começa hoje a repassar a célebre trilogia de Kieslowski dedicada às cores da bandeira francesa.
"A Liberdade É Azul" (0h30; 12 anos), primeiro filme da série, é também o mais discutido, no sentido em que "A Igualdade É Branca" (quarta para quinta, à 0h30; 12 anos) tem certa unanimidade como o menos interessante dos três longas-metragens, e "A Fraternidade É Vermelha" (quinta para sexta, 1h30; 12 anos), como o melhor.
Há certo ambiente de sufocação em "Azul", em que Juliette Binoche é a mulher que perde marido e filho num acidente. O marido escrevia uma sinfonia dedicada à união da Europa. Binoche entrega-se à natação. Uma espécie de terapia que, ao menos a nós, parece bem perigosa: nunca sabemos, após cada mergulho, se ela voltará com vida à tona.
Na superfície, o que se passa é, basicamente, o término da tal sinfonia. E nisso Kieslowski parece bem menos interessante do que em seus dias de Polônia e bem mais próximo do cinema de prestígio, a chamada "grande arte".


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