São Paulo, terça-feira, 10 de novembro de 2009

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Crítica/Maquinária

Panic! foge de raiz emo, e Evanescence faz delirar

CHICO FELITTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O vazio demográfico (a PM fala em 7.000 pessoas) e a chuva que salpicou os dois principais shows não desanimaram caravanas de fãs que foram ver Panic! at the Disco e Evanescence no segundo dia do festival Maquinária.
Às 19h45, o Panic! chegou para negar suas raízes, no primeiro show no Brasil. Investiu em músicas de "Pretty. Odd." (2008) e evitou a linha berrada.
O vocalista Brendon Urie falou de sexo e elogiou a atriz Megan Fox, para quem dedicou "New Perspective". Urie deixou de usar pó de arroz, mas sua franja desfiada não nega. É emo, sim. Relegado quase para o fim, "I Write Sins Not Tragedies" testou a escola de inglês do público teen, que cantou o hit de cor.
Partiram sem bis e sem tocar inéditas, do CD em gravação. Às 21h45, Amy Lee tomou o palco. A excepcional banda do Evanescence a acompanhava.
Abriu já "apelando": o "oi" foi "Going Under", em versão literal à do álbum "Fallen" (2003).
A galera foi ao delírio. Seguiu-se "Weight of the World", com problemas técnicos que fizeram a banda pausar por dois minutos. A galera foi ao delírio mesmo assim. Depois da sessão rock, ela foi Ao piano para a intimista "Good Enough".Delírio de novo.
Mas também não precisava deixar a banda no breu na hora de "Bring Me to Life" e fingir estar sozinha, Amy.
Dois shows sem arroubos de ousadia, mas corretos e com hits para alimentar fãs. Ou, como diria Amy: "Fãs, vocês não são normais mesmo". Eles responderam com... delírio.


PANIC! AT THE DISCO

Avaliação: bom

EVANESCENCE

Avaliação: bom




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