TEREZA NOVAES
DA REPORTAGEM LOCAL

BRUNA BITTENCOURT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com um verniz tecnológico e atrações pouco conhecidas do grande público, o Nokia Trends fechou o calendário de grandes festivais em 2007. A falta de ar-condicionado e as longas filas do banheiro atrapalharam a bela estrutura do evento.
Por outro lado, o festival cumpriu os horários de entrada das atrações -quem se esquece dos atrasos absurdos do Tim Festival deste ano?
As 4.000 pessoas que passaram pelo Memorial da América Latina, capacidade máxima do festival, tiveram que suar a camisa, literalmente. Perto do palco, o calor era forte. Uma abertura na lateral esquerda, ao ar livre, ficou congestionada.
Segundo a organização, o sistema de ventilação foi aprovado pelo Contru, responsável pelo alvará de funcionamento, e o calor era "normal" em uma noite quente como a de anteontem. Sobre as filas nos banheiros químicos, afirmaram que havia 66 unidades à disposição do público, o que obedeceria também às regras do Contru.
Nos bares, água e cerveja eram vendidos por R$ 4 cada, mas o consumidor tinha que adquirir no mínimo R$ 10 em fichas. De acordo com a organização, a medida foi uma forma de facilitar o troco e evitar filas nos bares, e a exigência só valeu para um deles, o que não ficou claro para o público.
A espera pela troca de equipamento entre as atrações foi driblada pelo show de Mauricio Takara e do Van She, como DJs, nos intervalos.
A mostra de arte eletrônica, com obras criadas a partir de telefones da Nokia, contou com um conjunto de telões dispostos em xis, que ocupava o centro do galpão e integrava a cenografia. Imagens dos presentes, captadas por um celular do patrocinador, eram incorporadas às obras. O resultado era confuso, e a maioria preferia dançar diante das telas, brincando com a própria sombra. Se não fossem as atrações musicais, o espaço, com tantas telas e celulares, poderia ser um bom showroom da marca, só faltava o ar-condicionado.


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