|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica/"Circus"
Britney Spears tenta "renascimento" com novo disco, mas retorna insossa
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos últimos dois anos,
duas cantoras monopolizaram o noticiário
pop não pela música, mas pelos
barracos: Amy Winehouse e
Britney Spears. Enquanto Winehouse junta os cacos e tenta
compor músicas suficientes
para preencher um disco, Britney busca um renascimento
com "Circus", seu sexto álbum,
que acaba de chegar às lojas.
Há quase uma década, quando apareceu, Britney era uma
adolescente e brincava com o
imaginário do público ao misturar a imagem de garota inocente com a de pin-up.
Hoje com 27 anos, Britney já
não faz o tipo garotinha -é mãe
de dois filhos, divorciada, ex-interna de várias clínicas de
reabilitação. Mas ainda vende
uma imagem de boa moça -a
capa do CD, bem colorida, com
a cantora de vestido, recebe um
tratamento quase angelical.
Após os açucarados e bem-comportados três primeiros
discos, a grande mudança na
carreira de Britney veio com
"In the Zone", álbum que trazia
"Toxic", hit arrasa-quarteirão
produzido pelos Neptunes.
No penúltimo disco, "Blackout", Britney acertou ao cercar-se de gente como os próprios Neptunes e Danja, cria do
megaprodutor Timbaland.
São profissionais talentosos,
que emprestam timbres diferentes e idéias frescas à cantora. Danja retorna em "Circus",
mas apenas em duas faixas: "If
U Seek Amy" e "Blur" -não por
coincidência, as duas que trazem arranjos ousados (a primeira, dançante; a segunda,
uma boa balada) e são as poucas coisas desse disco que escapam do genérico.
Diferentemente de "Blackout", "Circus" é composto de
faixas insossas, que transitam
entre um pop bobo e músicas
dançantes anabolizadas por batidas insípidas.
CIRCUS
Artista: Britney Spears
Lançamento: Sony BMG
Quanto: R$ 30
Avaliação: regular
Texto Anterior: Show lembra hits da "Jovem Guarda" Próximo Texto: Isto é Britney Índice
|