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TELEVISÃO
"REALITY SHOW"
Programa da Globo volta em quarta edição no espaço de dois anos como campeão de audiência no gênero
"BBB4" confina participantes na terça
CLÁUDIA CROITOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA, DO RIO
"O Jogo" foi um fracasso. "Fama" teve duas edições, mas não
conseguiu ser um grande sucesso
de audiência em nenhuma delas.
"O Barco do Amor" e "Acorrentados" tiveram pouca repercussão.
Até "No Limite", sucesso de audiência, chegou um pouco capenga à sua terceira edição.
Sendo assim, a Globo resolveu
apostar mais uma vez em seu
"reality show" de maior sucesso
até agora. Nesta terça, entra no ar
mais uma edição de "Big Brother
Brasil", com 14 pessoas confinadas em uma casa, filmadas 24 horas por dia e eliminadas semanalmente, até se conhecer o ganhador do prêmio de R$ 500 mil, em 6
de abril.
É a quarta edição em dois anos
e, apesar da fórmula sempre igual
e dos elencos parecidíssimos, a insistência da Globo faz sentido. O
programa conseguiu se manter
com médias em torno de 40 pontos de audiência em suas três edições (cada ponto equivale a 47 mil
domicílios na Grande São Paulo).
Apesar de ter caído um pouco o
interesse do público em comparação com a primeira versão do
programa, que alcançou 57 pontos no último dia, a final do terceiro "BBB", em abril de 2003, alcançou 50 pontos de média, com picos de 55. É a audiência de um
bom capítulo de novela das oito.
Criado em 1999 pela empresa
holandesa Endemol, à qual a Globo se associou, o "Big Brother" foi
um fenômeno de audiência na
Holanda, primeiro país a exibi-lo.
Estima-se que a emissora carioca
pagou algo em torno de R$ 12 milhões pelos direitos do programa
e que tenha gasto mais ou menos
a mesma quantia na construção
da casa e na compra dos equipamentos para produzir o "reality
show" no Brasil.
"Big Brother" já foi vendido a 21
países e continua em expansão
pelo mundo. O Oriente Médio ganhará em breve uma versão, na
qual, por causa dos costumes locais, homens e mulheres passarão
o dia juntos, mas dormirão em casas separadas.
A Espanha é o país onde o programa provavelmente fez mais
sucesso, tendo mais audiência
que a Copa do Mundo. Na Inglaterra, enquete realizada pelo site
do programa sobre a popularidade dos participantes recebeu mais
votos do que as eleições parlamentares. Na África, o "BB" contou com participantes de 12 países
diferentes, sendo sucesso em todo
o continente.
Celebridade
Para dar um ar de novidade ao
quarto "Big Brother Brasil" e aumentar o faturamento em torno
do programa, dois participantes
serão escolhidos por sorteio na
própria terça, na estréia da atração. Eles preencheram o cupom
da revista "Quero Ser um Big Brother", lançada especialmente para
a promoção e que já vendeu mais
de 1,5 milhão de exemplares a R$
2 cada um.
Os escolhidos entrarão na casa
na quinta e não poderão ser indicados pelos colegas à eliminação
na primeira semana. Entre os participantes que já entram na casa
do "BBB" na terça, estão uma modelo argentina, capa da "Playboy"
de novembro, um jardineiro de
cemitério e uma enfermeira.
Mesmo para os que não conseguirão o prêmio de R$ 500 mil ou
um contrato com uma rede de TV
(a exemplo do que aconteceu com
Kleber Bambam, Sabrina e Adriano), ser um participante do
"BBB" já é sinônimo de lucro.
Você pode nem lembrar, por
exemplo, o nome do loirinho fortão que se apaixonou pela ex-miss
Brasil no "BBB3" e abandonou o
programa depois de só duas semanas, alegando coração partido.
Mas o sul-mato-grossense Dilsinho continua vivendo da fama
que adquiriu com sua breve participação no "reality show" da Rede
Globo.
"Até hoje me rende muito trabalho. Faço presença vip em
eventos pelo Brasil todo, consegui
lançar o CD da minha dupla, Vitor & Dilsinho, e vou lançar um
projeto junto com o "BBB4" que
vai abalar o Brasil. Mas ainda é segredo", disse à Folha.
A aeromoça Cida, que participou da segunda edição, é outro
exemplo de sobrevida no mundo
das celebridades rápidas.
Enquanto não está voando como comissária de bordo da Varig,
participa da inauguração de pousadas em Natal, é convidada para
a festa de aniversário da filha do
ministro Guido Mantega mesmo
sem conhecê-la -"Ela é minha
fã"- ou encena peças de teatro.
No dia 16, estréia no Rio "Terror
Show", espetáculo no qual atua,
com o ex-"BBB1" André Gabbeth,
vivendo uma novelista cubana
sem braços.
Tina, que ganhou fama ao xingar todos os colegas até ser eliminada do "BBB2", ganhou emprego na produção dos programas de
João Kleber na Rede TV!. "Participar do "BBB" é fundamental na vida de qualquer pessoa", sentencia
ela.
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