São Paulo, quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

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"Amazônia" dá menos ibope do que "JK"

A autora Glória Perez argumenta que a minissérie anterior teve desempenho melhor porque a história era mais recente

A "telebiografia" de Juscelino Kubistchek registrou em sua primeira semana meio milhão de lares a mais na Grande SP do que a epopéia do Acre


LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A história do Acre relatada em "Amazônia" está agradando bem menos telespectadores do que "JK", a "telebiografia" de Juscelino Kubistchek exibida no ano passado pela Globo.
Na semana de estréia, a minissérie da acreana Glória Perez perdeu a sintonia de quase meio milhão de domicílios (só na Grande SP) em comparação à de "JK". A média foi de 29 pontos no Ibope, contra 38 da série veiculada em 2006.
A epopéia do Acre foi vista na semana passada por menos da metade dos televisores ligados no horário (48%). É um resultado abaixo dos parâmetros da Globo, que espera uma audiência de pelos menos 50% dos telespectadores. "JK" registrou 57% na primeira semana.
Procurada pela Folha, Glória Perez disse estar achando "os números ótimos". "É claro que "JK", sendo uma história recente, teria números maiores na estréia. Em nenhum momento achamos que poderíamos superar essa vantagem!", disse.
"Amazônia" relata a saga do Acre desde 1899, quando passou de Estado da Bolívia a país independente, até 1988, com a morte de Chico Mendes.
"JK" foi do nascimento do presidente, em 1902, à sua morte, em 1976. Ou seja, a trama de "Amazônia" começa só três anos antes do que a de "JK" e termina 12 anos depois.
Desde anteontem, com a estréia de "Big Brother", "Amazônia" é exibida mais tarde e deverá sofrer queda no Ibope. O efeito foi sentido também por "JK". Ambas perderam 11 pontos (605 mil domicílios na Grande SP) no primeiro dia do "BBB" em comparação com a estréia das séries. "JK" foi de 39 para 28, e "Amazônia", de 34 para 23.
Perez afirmou que já esperava esse efeito. "É claro que, da mesma maneira que "JK" e as demais séries, os números caem muito à medida em que o horário se torna mais tardio. Logo, ao contrário do que ocorre numa novela, não estamos nem um pouquinho ligados em números, mas na repercussão, que tem sido fantástica."
Ela não vê problemas de ritmo nem excesso de cenas da natureza. "As paisagens são indispensáveis para situar as pessoas na história e numa região desconhecida da maioria."


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