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"Amazônia" dá menos ibope do que "JK"
A autora Glória Perez argumenta que a minissérie anterior teve desempenho melhor porque a história era mais recente
A "telebiografia" de Juscelino Kubistchek registrou em sua primeira semana meio milhão de lares a mais na Grande SP do que a epopéia do Acre
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A história do Acre relatada
em "Amazônia" está agradando
bem menos telespectadores do
que "JK", a "telebiografia" de
Juscelino Kubistchek exibida
no ano passado pela Globo.
Na semana de estréia, a minissérie da acreana Glória Perez perdeu a sintonia de quase
meio milhão de domicílios (só
na Grande SP) em comparação
à de "JK". A média foi de 29
pontos no Ibope, contra 38 da
série veiculada em 2006.
A epopéia do Acre foi vista na
semana passada por menos da
metade dos televisores ligados
no horário (48%). É um resultado abaixo dos parâmetros da
Globo, que espera uma audiência de pelos menos 50% dos telespectadores. "JK" registrou
57% na primeira semana.
Procurada pela Folha, Glória
Perez disse estar achando "os
números ótimos". "É claro que
"JK", sendo uma história recente, teria números maiores na
estréia. Em nenhum momento
achamos que poderíamos superar essa vantagem!", disse.
"Amazônia" relata a saga do
Acre desde 1899, quando passou de Estado da Bolívia a país
independente, até 1988, com a
morte de Chico Mendes.
"JK" foi do nascimento do
presidente, em 1902, à sua
morte, em 1976. Ou seja, a trama de "Amazônia" começa só
três anos antes do que a de
"JK" e termina 12 anos depois.
Desde anteontem, com a estréia de "Big Brother", "Amazônia" é exibida
mais tarde e deverá sofrer queda no Ibope. O efeito foi sentido também por "JK". Ambas
perderam 11 pontos (605 mil
domicílios na Grande SP) no
primeiro dia do "BBB" em
comparação com a estréia das
séries. "JK" foi de 39 para 28, e
"Amazônia", de 34 para 23.
Perez afirmou que já esperava esse efeito. "É claro que, da
mesma maneira que "JK" e as
demais séries, os números
caem muito à medida em que o
horário se torna mais tardio.
Logo, ao contrário do que ocorre numa novela, não estamos
nem um pouquinho ligados em
números, mas na repercussão,
que tem sido fantástica."
Ela não vê problemas de ritmo nem excesso de cenas da
natureza. "As paisagens são indispensáveis para situar as pessoas na história e numa região
desconhecida da maioria."
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