São Paulo, quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

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Crítica/série

"Chacretes" se perde ao mostrar destino de dançarinas do Chacrinha

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
EDITOR DO FOLHATEEN

Imagine, daqui a 40 anos, assistir a minidocumentários sobre a vida de Dani Bananinha, Mulher Samambaia e demais dançarinas de programas de TV -todas, então, já na casa dos 60 anos- que fazem sucesso hoje em dia.
Se essa perspectiva lhe parece animadora, você pode se interessar por "As Chacretes", série sobre as dançarinas do programa do Chacrinha, que estreia hoje no Canal Brasil.
O programa é dirigido por Nelson Hoineff -na verdade, é um desdobramento de seu documentário "Alô, Alô, Terezinha", sobre o Velho Guerreiro.
Em termos culturais, o resultado é fraco: as chacretes não ficaram famosas como grandes analistas de uma era ou mesmo de seu métier, e não seria de se esperar que a maturidade as tivesse transformado nisso.
O que elas têm para contar são suas histórias, particularmente pós-TV. O interesse fica ao gosto do freguês: Índia Potira namorou um bandido (e foi presa), Gracinha Copacabana vive isolada com cachorros, Beth Boné encontrou Jesus depois de quase perder a perna.
Além de narrar, elas mostram: o diretor as convenceu a vestirem suas antigas roupas e a rebolarem para as câmeras.
A intenção não fica clara. Será para mostrar que elas não perderam o jeito? Uma tentativa de valorizar a sensualidade na terceira idade? Uma referência ao humor de gosto duvidoso que era praxe no "Cassino do Chacrinha"? A sensação é de que o programa, mesmo comunicando, se trumbicou.


AS CHACRETES

Quando: hoje, às 20h15, no Canal Brasil
Classificação: livre
Avaliação: regular




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