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Crítica/série
"Chacretes" se perde ao mostrar destino de dançarinas do Chacrinha
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
EDITOR DO FOLHATEEN
Imagine, daqui a 40 anos,
assistir a minidocumentários sobre a vida de Dani
Bananinha, Mulher Samambaia e demais dançarinas de
programas de TV -todas, então, já na casa dos 60 anos- que
fazem sucesso hoje em dia.
Se essa perspectiva lhe parece animadora, você pode se interessar por "As Chacretes", série sobre as dançarinas do programa do Chacrinha, que estreia hoje no Canal Brasil.
O programa é dirigido por
Nelson Hoineff -na verdade, é
um desdobramento de seu documentário "Alô, Alô, Terezinha", sobre o Velho Guerreiro.
Em termos culturais, o resultado é fraco: as chacretes não ficaram famosas como grandes
analistas de uma era ou mesmo
de seu métier, e não seria de se
esperar que a maturidade as tivesse transformado nisso.
O que elas têm para contar
são suas histórias, particularmente pós-TV. O interesse fica
ao gosto do freguês: Índia Potira namorou um bandido (e foi
presa), Gracinha Copacabana
vive isolada com cachorros,
Beth Boné encontrou Jesus depois de quase perder a perna.
Além de narrar, elas mostram: o diretor as convenceu a
vestirem suas antigas roupas e
a rebolarem para as câmeras.
A intenção não fica clara. Será para mostrar que elas não
perderam o jeito? Uma tentativa de valorizar a sensualidade
na terceira idade? Uma referência ao humor de gosto duvidoso que era praxe no "Cassino
do Chacrinha"? A sensação é de
que o programa, mesmo comunicando, se trumbicou.
AS CHACRETES
Quando: hoje, às 20h15, no Canal Brasil
Classificação: livre
Avaliação: regular
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