São Paulo, segunda-feira, 11 de março de 2002

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BARBARA GANCIA

Falta peso no novo programa do Mesquita

Boris Casoy é Deus, e a gente sempre tende a concordar com os comentários que ele faz, não é mesmo? Pois no outro dia o Boris pisou feio na bola. Alô, Boris Casoy! A lei que manda cadastrar os cães e gatos do município não veio para "irritar a população" e "tirar um troquinho das pessoas, porque a prefeitura está precisando de dinheiro".
Qualquer um que já tenha desviado de fezes caninas no campo minado das calçadas paulistanas ou sido mordido pelo cão do vizinho, sem saber se o bicho estava vacinado, sabe perfeitamente que a nova lei visa civilizar o convívio entre animais e seus donos e o resto da população. E eu aposto um picolé de limão como o Boris também se converterá em defensor da medida, assim que se informar melhor sobre o assunto.
Ufa! Otavio Mesquita finalmente estreou seu novo programa, "A Noite É uma Criança", na Band. O que eu achei? Ora, um abacaxi de quinta categoria. O que mais posso achar de um programa que abdicou de ter a Barbara Gancia fazendo as vezes de "ombudswoman'? Aquela mulher faz uma falta doida e eu já posso imaginar a proporção que devem estar tomando os piquetes na porta da TV Bandeirantes, pedindo pela volta da gordinha.
Falando sério, o pessoal me pára na rua querendo saber o que estou achando do novo programa do Mesquita. Digo que gosto, apesar de o Otavio por vezes perder oito horas para dizer algo que poderia ser dito em uma frase.
Só não entendi porque o Otavinho mudou de nome para Rami. Veja só: toda vez que se converte nesse tal de Rami, curiosamente, o Otavio perde a graça. Mas, quando volta a ser o bom e velho Otavio Mesquita, é capaz de lances geniais. Como no quadro em que entrevistou uma maquiadora de cadáveres de verdade, com um defunto de mentira. Trabalhei com o Otavio por quase um ano e sei que aquilo nasceu da cabeça dele. Com o Mesquita não tem esse negócio de copiar a sacada genial do programa norte-americano. Ele faz questão de colocar sua assinatura em tudo.
Bem diferente, diga-se, do nosso Marcos Mion, que em um mês já esgotou o repertório. Por sinal, aquele espetáculo lamentável que ele proporcionou com o concurso de pintar poodle toy com tinta spray não poderia ter ido ao ar. O cara estava tão entretido consigo mesmo que nem se tocou de que os cães estavam tremendo de medo e humilhação. Quer saber? Voto Cidão para Marcos Mion.
Para terminar, quero mandar um beijo para a minha mãe, outro para a minha vizinha e outro para a Galisteu. Nota mil ela ter topado ganhar menos para não ver sua equipe demitida. Valeu, Dri!

barbara@uol.com.br
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