São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 2011

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CRÍTICA DOCUMENTÁRIO

Ao mostrar o mundo, Vertov também queria transformá-lo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Dziga Vertov concebia a lente da câmera como a lente do microscópio. Ambos, microscópio e câmera, são instrumentos que captam aquilo que nossos olhos não veem.
Daí sua pregação por um cinema que captasse o mundo "tal qual", de que o melhor exemplo é provavelmente "O Homem com a Câmera" (Futura, 22h, livre), que tem a enorme vantagem de ser feito num momento em que Stálin ainda não havia tomado conta de tudo na URSS e imposto os seus limitados partidos estéticos.
Visto à distância, é mais um dos "filmes sinfônicos" do fim dos anos 1920, mas tem de particular esse desejo de, ao mostrar o mundo, também contribuir para sua transformação.


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