São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 2011

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Internet passa a ser fonte para produtores

Além de distribuir filmes, mundo digital angaria recursos junto a fãs

Kevin Smith pede dinheiro a seguidores no Twitter; Luc Besson deixa internautas escolherem seu elenco

DE SÃO PAULO

Além de ter se tornado uma plataforma imprescindível para a distribuição de filmes, a internet começa a virar, também, uma fonte importante para a captação de recursos de produção.
Com os velhos modelos de financiamento em crise, uma nova geração de cineastas tem recorrido à internet para dar a largada a seus projetos.
Kevin Smith, de "O Balconista 2" (2006), está pedindo que seus 1,7 milhão de seguidores do Twitter ajudem-no a conseguir dinheiro para o terror "Red State".
De acordo com a revista "Variety", Smith já conseguiu meio milhão de dólares.
"Iron Sky", sobre uma base secreta nazista na Lua, levantou U$ 1,2 milhão (R$ 1,99 milhão), um décimo de seu orçamento, com fãs internautas. Os produtores do filme descobriram esse exército virtual ao lançar, só na internet, a ficção científica "Star Wreck", visto por 8 milhões de espectadores.
A base de fãs, além de contribuir com dinheiro, serve de barganha na negociação com investidores tradicionais do cinema.
Atrás desse "atestado de interesse", a EuropeCorp pediu para que os internautas votem no roteiro e no elenco do próximo projeto de Luc Besson, diretor de "O Quinto Elemento" (1997).

TÁBUA DE SALVAÇÃO
"Em 2007, quando criamos o [site] Mubi, os produtores resistiam em negociar os direitos dos filmes para a internet", diz o empresário argentino Eduardo Costantini.
"Hoje, todos estão abertos, inclusive os grandes estúdios", afirma Costantini.
Aos poucos, as empresas de tecnologia começam a desempenhar o papel que, antes, cabia às TVs e aos serviços de pay-per-view.
(ANA PAULA SOUSA)


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