São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 2011 |
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CRÍTICA COMÉDIA Tolices e moralismo arruinam humor dos irmãos Farrelly ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O escracho é a marca registrada dos irmãos Bobby e Peter Farrelly. "Passe Livre" não é diferente, pois insiste naquele humor que abusa da infantilidade de espírito tão cara à dupla. Depois de anos de casamento, a vida pode cair na monotonia. Principalmente para Rick (Owen Wilson) e Fred (Jason Sudeikis), dois quarentões que pensam em sexo com a mesma ansiedade de adolescentes. Os dois atazanam a vida das respectivas mulheres até conseguirem o sonhado passe livre, ou seja, uma semana de folga do casamento. Rick e Fred imaginam sete dias de farras sucessivas, uma amostra do que seriam suas vidas caso fossem solteiros e isentos de obrigações familiares. É claro que as coisas não saem como eles gostariam. O que poderia ser uma comédia de costumes interessante, com alguma reflexão sobre o casamento, a fidelidade e o desejo, não vai além de um amontoado de "gags" tão atrevidas quanto tolas. Os personagens secundários capazes de interagir bem com a dupla central -característica fundamental dos melhores filmes dos Farrelly, como "Quem Vai Ficar com Mary?" (1998)- fazem muita falta aqui. Para completar o fiasco, a moral conservadora dá o ar da graça, pois os "infiéis" são punidos, ao contrário do que acontece com quem resiste às tentações da carne. PASSE LIVRE DIREÇÃO Bobby Farrelly e Peter Farrelly PRODUÇÃO EUA, 2011 COM Owen Wilson, Jason Sudeikis e Christina Applegate ONDE nos cines Anália Franco, Bristol, Kinoplex Itaim e circuito CLASSIFICAÇÃO 12 anos AVALIAÇÃO ruim Texto Anterior: Crítica/Documentário: "Restrepo" tem a proeza de humanizar imagens da guerra Próximo Texto: Engenho onde viveu Nabuco é restaurado Índice | Comunicar Erros |
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