DA REPORTAGEM LOCAL

Em carta dirigida a familiares de Lélia Abramo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou o apoio da atriz aos operários. "Oriunda de família com inclinações socialistas, esteve presente nas batalhas políticas dos anos 30, sempre ao lado da classe operária. Cerca de meio século mais tarde, acompanhamos Lélia como a combativa presidente do Sindicato dos Artistas de SP e entre os primeiros signatários da fundação do PT", escreveu o presidente, que não compareceu ao velório.
Pouco antes do enterro, Cláudia Sharf, viúva do guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969), disse que Lélia era uma "velha amiga" e que "tinha paixão por Lula". "E ela andava preocupada com a pressão sobre ele."
Em viagem, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse à Folha que era próximo da atriz. "Na primeira vez em que fui candidato a deputado (82), ela atuou numa novela da minha propaganda. Era grande entusiasta do PT, sempre cobrando posições progressivas."
O ator Sérgio Mamberti, secretário de Apoio à Preservação da Identidade Cultural (Ministério da Cultura), afirmou que Lélia participou das discussões sobre o programa cultural de Lula. "É uma referência na luta pela cultura brasileira."


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