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Crítica/"Feijoada Completa"
Tira Poeira sacode ainda mais o choro
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao batizar-se com o título de
um tema de Sátiro Bilhar, o Tira Poeira já disse a que vinha:
dar uma sacudida no pó do choro, tratado muitas vezes com
uma sisudez que só o maltrata.
Essa proposta é reforçada em
"Feijoada Completa", o novo
CD do grupo formado por Caio
Márcio (violão e guitarra), Fábio Nin (violão sete cordas),
Henry Lentino (bandolim),
Sérgio Krakowski (pandeiro) e
Samuel DeOliveira (saxes).
Se no primeiro, de 2003, havia um Pixinguinha, dois Jacob
do Bandolim e três Waldir Azevedo, agora há Beatles ("Eleanor Rigby"), um standard americano ("My Favorite Things")
e músicas que não são, a rigor,
choros: "Arrastão", "Consolação" (com Olivia Hime), "Atrás
da Porta" (com Lenine) etc.
O máximo da liberdade são
os efeitos do DJ Sany Pitbull
em "O Morro Não Tem Vez",
mas se mostram nas várias improvisações e em detalhes como a guitarra na plangente
"Gente Humilde" -em que
Maria Bethânia canta.
Há vários momentos em que
a inventividade vira gratuidade, mas é o custo antipoeira. O
grupo lança o CD hoje, às 21h,
no Sesc Pompéia.
FEIJOADA COMPLETA
Artista: Tira Poeira
Gravadora: Biscoito Fino
Quanto: R$ 30, em média
Avaliação: bom
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