São Paulo, domingo, 11 de abril de 2010

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Crítica

"Simplesmente Feliz" reflete dois modos de ver o mundo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É um estranho filme "Simplesmente Feliz" (Cinemax, 22h15; 14 anos), que Mike Leigh parece ter feito para a glória de Sally Hawkins. Ela, por sua vez, parece que nasceu para interpretar a garota desencanada do longa, espécie de Poliana para quem tudo é motivo de deslumbramento.
O que dá sentido ao filme, no entanto, é sobretudo o antagonista, o professor de autoescola Eddie. Ou antes, são as maneiras opostas que criam o humor quando se encontram: ele é um estressado convicto, para quem o dirigir corretamente é quase uma religião.
Essas aulas de direção são o grande achado do filme, sem dúvida. Tanto que Leigh e o roteiro parecem ter ficado sem caminho a seguir para encerrar a ficção e se embrenharam numa bobagem convencional.
Apesar dos limites, eis um filme a caráter para preparar o sono; amanhã tem batente.


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