São Paulo, segunda-feira, 11 de maio de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

"Estômago" questiona poder da culinária

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Estômago" (Cinemax, 20h; classificação indicativa não informada) começa por ser uma história de talento. Rapaz pobre, nordestino, começa a se ocupar da cozinha de um boteco sórdido. O bar vira sucesso, e o rapaz seduz o dono de um restaurante de prestígio que lhe ensinará certos segredos culinários.
Paralelamente, vemos o mesmo rapaz na prisão. Segmento que suscita interrogações no espectador. Por que ele, cara tão simpático, está preso? Em que tempo isso se passa? Aonde vai nos levar essa história, afinal?
Uma parte das questões vale a pena, porque planta expectativas. A outra é meio estranha, parece um efeito para tapear o espectador.
Mas esse é um aspecto secundário. Além de uma direção segura e de um ótimo trabalho de ator, "Estômago" parece colocar uma questão interessante, sobre o poder da culinária em nosso mundo de serviços: ela é uma estrela, consumimos sem medo. Sem medo demais, lembra o filme.

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