São Paulo, Terça-feira, 11 de Maio de 1999
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TOM WAITS

da Redação

O velho Tom Waits, representante maior de um certo blues-rock-country-gospel-folk embriagado e minimalista, volta à cena depois de mais de seis anos com este "Mule Variations", discão de belas baladas de blues-rock-country-gospel-folk embriagado e minimalista.
Ninguém compra um disco de Tom Waits desavisado, mas é sempre bom avisar que canções como "Hold On" e "House Where Nobody Lives", para ficar só nessas, podem machucar.
O estranho Tom Waits não muda nada, nem seu som. Mas nem precisa. Senhor quase cinquentenário, suas letras ainda são exímias obras que surgem da cabeça fértil daqueles poetas americanos que habitam a sarjeta da cultura, que têm uma garrafa de uísque vazia ao lado do corpo.
A chegada deste "Mule Variation" leva a uma constatação. A de que o blues, hoje, funciona assim: se você é esquisito, ou se sente esquisito, vá de Tom Waits. Se precisa de mais energia, uma coisa mais escrachada, crave em Jon Spencer e sua Blues Explosion. E viva feliz (ou triste). (LR)

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