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Disco chega com forte estratégia promocional
DA REPORTAGEM LOCAL
As conversas que se armaram na imprensa européia
pouco antes do lançamento
deste "X&Y", o novo disco
do Coldplay, não foram sobre o disco do Coldplay, mas
sobre como esse disco do
Coldplay seria a salvação da
EMI e levantaria as desgastadas ações da gravadora (desvalorizadas, no ano, em cerca de US$ 300 milhões).
O vocalista Chris Martin
fez pose, chegou a dizer que
considera "como demônios
do capitalismo os acionistas
da empresa". Mas a história
não é bem assim, e a máquina de promoção da gravadora levou consigo a banda.
Até a americana "Billboard", bíblia da indústria,
indicou em reportagem: em
abril, mais de um mês antes
da chegada do disco, "Speed
of Sound" foi lançada como
ringtone. Depois, colocada
para download no iTunes e
propagandeada como "a
primeira faixa a atingir o topo dos charts em todas as lojas Apple no mundo".
"Temos o real desejo de
lançar este álbum com o máximo de efeito em todos os
mercados", anunciou Mike
Allen, da EMI britânica,
adiantando que a gravadora
fará campanha de marketing de dois anos e retirará
do disco seis singles -normalmente é motivo de comemoração quando um álbum carrega três ou quatro
músicas de trabalho.
Há alguns meses Chris
Martin e cia. viajam pelos
EUA, pela Europa e Ásia fazendo divulgação de
"X&Y", incluindo pocket-show em hotel de Las Vegas.
As apostas na banda se justificam pelas 11 milhões de cópias vendidas do segundo álbum do Coldplay, "A Rush
of Blood to the Head"
(2002). "X&Y", espera a
EMI, deve ultrapassar com
folga esse número.
(TN)
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