São Paulo, sábado, 11 de junho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Disco chega com forte estratégia promocional

DA REPORTAGEM LOCAL

As conversas que se armaram na imprensa européia pouco antes do lançamento deste "X&Y", o novo disco do Coldplay, não foram sobre o disco do Coldplay, mas sobre como esse disco do Coldplay seria a salvação da EMI e levantaria as desgastadas ações da gravadora (desvalorizadas, no ano, em cerca de US$ 300 milhões).
O vocalista Chris Martin fez pose, chegou a dizer que considera "como demônios do capitalismo os acionistas da empresa". Mas a história não é bem assim, e a máquina de promoção da gravadora levou consigo a banda.
Até a americana "Billboard", bíblia da indústria, indicou em reportagem: em abril, mais de um mês antes da chegada do disco, "Speed of Sound" foi lançada como ringtone. Depois, colocada para download no iTunes e propagandeada como "a primeira faixa a atingir o topo dos charts em todas as lojas Apple no mundo".
"Temos o real desejo de lançar este álbum com o máximo de efeito em todos os mercados", anunciou Mike Allen, da EMI britânica, adiantando que a gravadora fará campanha de marketing de dois anos e retirará do disco seis singles -normalmente é motivo de comemoração quando um álbum carrega três ou quatro músicas de trabalho.
Há alguns meses Chris Martin e cia. viajam pelos EUA, pela Europa e Ásia fazendo divulgação de "X&Y", incluindo pocket-show em hotel de Las Vegas. As apostas na banda se justificam pelas 11 milhões de cópias vendidas do segundo álbum do Coldplay, "A Rush of Blood to the Head" (2002). "X&Y", espera a EMI, deve ultrapassar com folga esse número. (TN)


Texto Anterior: Música: Coldplay lança disco e "pede" atitude positiva
Próximo Texto: Crítica: Banda troca simplicidade por messianismo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.